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Estado de Minas JERUSALÉM

Vinte mortos em Gaza, chuva de foguetes sobre Israel e 500 feridos em Jerusalém


10/05/2021 23:49 - atualizado 10/05/2021 23:55

Pelo menos 20 pessoas, incluindo nove crianças e um comandante do grupo islamita Hamas, morreram na noite desta segunda-feira em ataques aéreos do Exército de Israel contra Gaza, em resposta a uma chuva de foguetes lançados pelo Hamas e outros militantes palestinos, em meio a uma espiral de violência provocada por novos distúrbios em Jerusalém Oriental, que terminaram com 500 feridos.

O Exército israelense afirmou que 150 foguetes foram lançados de Gaza, dezenas dos quais foram interceptados pelo escudo antimísseis Cúpula de Ferro. O Hamas informou ter lançado mais de 100 foguetes contra Israel "em resposta a seus crimes e à sua agressão contra a Cidade Sagrada", após confrontos violentos entre palestinos e a polícia israelense, principalmente na Esplanada, localizada na Cidade Velha de Jerusalém.

Os Estados Unidos pediram aos dois lados que reduzam a tensão e, ao Hamas, que deixe de lançar foguetes contra Israel. Em meio aos apelos internacionais por calma, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou hoje a "firmeza" das forças de segurança para garantir "a estabilidade" em Jerusalém. Ele advertiu que o Hamas cruzou uma "linha vermelha" ao disparar projéteis contra o território israelense, e que "Israel irá reagir com força. Quem atacar pagará um preço alto." À noite, Netanyahu conversou com os chefes do serviço secreto e das Forças Armadas.

Após confrontos violentos ocorridos pela manhã em Jerusalém, o Hamas deu um ultimato a Israel, exigindo que suas forças se retirassem da Esplanada das Mesquitas até as 18h locais. Nesse horário, uma chuva de foguetes foi lançada em direção a Israel. A maioria foi interceptada pelo escudo antimísseis, mas alguns caíram em território israelense.

- Mediação -

"Responsabilizamos o Hamas por esses ataques", declarou Jonathan Conricus, porta-voz do Exército israelense, que suspendeu um exercício militar importante devido ao confronto. "Começamos a atacar posições do Hamas", anunciou, confirmando que o Exército estabeleceu como alvo um comandante do Hamas no norte da Faixa de Gaza. Mais tarde, as Forças Armadas informaram terem atacado outros membros do movimento islamita, e que multiplicaram os bombardeios contra aquele enclave.

Autoridades de Gaza deram conta de 20 mortos, incluindo nove crianças, e vários feridos nos bombardeios, os piores desde novembro de 2019. Socorristas israelenses contabilizaram três feridos e sete pessoas com ataque de pânico.

As Brigadas Al-Qasam, braço armado do Hamas, anunciaram que estão lançando "foguetes contra o inimigo na Jerusalém ocupada em resposta a seus crimes e à sua agressão à Cidade Sagrada. Esta é uma mensagem que o inimigo tem que entender: se responde, responderemos. Se aumenta a intensidade, iremos aumentá-la."

Fontes diplomáticas informaram à AFP esta noite que a ONU, com a ajuda do Catar e do Egito, tenta mediar o conflito. "É imperativo que todas as partes tomem medidas nesse sentido", declarou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, enquanto a França disse temer "uma escalada de grande envergadura".

- Manifestações na Cisjordânia -

O aumento da tensão ocorreu no quarto dia de confrontos entre palestinos e forças de segurança de Israel em Jerusalém Oriental, setor palestino da cidade ocupado ilegalmente e anexado por Israel.

A segunda-feira começou com centenas de palestinos lançando pedras contra forças de segurança israelenses posicionadas na Esplanada das Mesquitas. Os policiais responderam com bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo. Segundo o Crescente Vermelho palestino, mais de 520 palestinos ficaram feridos, muitos deles na cabeça. A polícia de Israel deu conta de nove feridos entre seus homens.

Os confrontos coincidiram com a celebração, nesta segunda-feira, de acordo com o calendário hebraico, do "Dia de Jerusalém" que marca a conquista da parte oriental da cidade por Israel em 1967. A "marcha de Jerusalém", muitas vezes envolvida em distúrbios e que reuniu milhares de israelenses na Cidade Velha, foi cancelada.

A tensão na Cidade Sagrada não diminuiu e as manifestações se multiplicaram em cidades da Cisjordânia ocupada, onde o Crescente Vermelho contabilizou 200 feridos. No fim da noite, milhares de muçulmanos permaneciam reunidos na Esplanada das Mesquitas para rezar. Um incêndio foi declarado no local.


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