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Estado de Minas LONDRES

Primo da Rainha Elizabeth II oferece seus contatos com o Kremlin a investidores


09/05/2021 12:41

Um primo da Rainha Elizabeth II, o príncipe Michael de Kent, afirma estar disposto a usar sua influência para facilitar o acesso dos investidores ao ambiente do presidente russo Vladimir Putin, apesar das atuais relações terríveis entre Moscou e Londres, de acordo com uma reportagem investigativa publicada neste domingo (9) pelo The Sunday Times, e produzida com o Channel 4.

Esses meios de comunicação se fizeram passar como representantes de uma empresa sul-coreana do ramo do ouro, que teria interesse em investir na Rússia.

Durante uma reunião, filmada com uma câmera escondida, o príncipe Michael de Kent, de 78 anos, ofereceu seus serviços de representação por 10.000 libras por dia (11.500 euros), acrescentando que poderia gravar um discurso de apoio a esta iniciativa em sua casa, diretamente do Palácio de Kensington, também residência do Príncipe William, pelo valor de 200.000 dólares (cerca de 164.000 euros).

Presente na ocasião, seu sócio comercial, Simon Reading, destacou o papel do príncipe de Kent como um "embaixador não-oficial de Sua Majestade na Rússia", apresentando-o como um "amigo da Rússia", segundo o Sunday Times.

Ele afirmou que suas relações com Putin não foram afetadas pelas tensões com Moscou porque "supera a turbulência política".

Segundo a mesma fonte, Reading já havia aproveitado uma recepção no Palácio de Kensington, em 2013, na presença do príncipe, para efetivamente se aproximar do Kremlin.

O príncipe Michael de Kent foi condecorado com a Ordem da Amizade, em 2009, pelo então presidente Dmitry Medvedev, quando Putin era primeiro-ministro.

Citados pela agência britânica PA, o gabinete do príncipe Michael afirmou que ele não teve nenhum contato com Putin desde uma reunião em 2013. Ressalta que Simon Reading é "um bom amigo que, com o propósito de ajudar, deu sugestões que o príncipe Michael também não desejaria ou poderia executar".

O príncipe não é considerado um membro ativo da família real e não é remunerado pela Coroa. Ele ganha a vida com atividades de consultoria.

No entanto, essas revelações são constrangedoras em um momento em que as relações entre Londres e Moscou estão no seu pior momento, afetadas por uma série de crises, desde o envenenamento do ex-espião Alexander Litvinenko em 2006, em Londres, ao de seu colega Sergei Skripal, em 2018, passando por muitas divergências diplomáticas.


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