Jornal Estado de Minas

MOSCOU

Cerca de 170 focas encontradas mortas na República russa do Daguestão, nas margens do Mar Cáspio

Cerca de 170 focas de uma espécie ameaçada foram encontradas mortas nos últimos três dias nas margens do Mar Cáspio, na república russa do Daguestão, disseram pesquisadores à AFP nesa quinta-feira(6).



"São animais mortos que vimos, fotografamos e cujas coordenadas GPS registramos", disse Viktor Nikiforov, do centro de pesquisa "Mamíferos Marinhos" de Moscou.

As imagens compartilhadas com a AFP mostram vários cadáveres encalhados na praia.

Segundo o pesquisador, as focas foram encontradas em uma área 100 quilômetros ao sul de Makhatchkala, capital do Daguestão, e em outra cerca de 50 quilômetros ao norte daquela cidade.

Contatada pela AFP, a Agência Federal Russa para as Pescas no Norte do Cáucaso informou ter enviado inspetores para efetuar uma nova contagem.

O comitê de investigação russo também anunciou que havia iniciado verificações.

O Mar Cáspio, o maior mar fechado do mundo, faz fronteira com cinco países: Rússia, Irã, Cazaquistão, Turcomenistão e Azerbaijão.

No início do século 20 possuía mais de um milhão de focas (Pusa caspica), das quais hoje restam apenas 68 mil exemplares adultos, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), que considera a espécie "em extinção".

Caçado intensamente até recentemente, esse mamífero atualmente sofre principalmente com a poluição industrial, o que o torna estéril.

Segundo as Nações Unidas, essa contaminação está ligada à indústria do petróleo, aos resíduos radioativos e industriais e até mesmo ao esgoto.



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