A decisão, aprovada por unanimidade dos nove membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BCB, coincide com o esperado pelos analistas.
O BCB elevou em março pela primeira vez em seis anos a taxa Selic, de seu mínimo histórico de 2% a 2,75%; e informou que abria um ciclo de "normalização parcial" a fim de evitar que a inflação, em alta pronunciada nos últimos meses, saia de controle.
Em seu comunicado, o Copom informou que "prevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude" em sua próxima reunião dos dias 15 e 16 de junho.
E advertiu que poderia apertar ainda mais os parafusos de sua política monetária, visto que "os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação".
A meta inflacionária do BCB para 2021 é de 3,75% com margem de tolerância que pode chegar a 5,25%. Mas o aumento de preços acumulado em doze meses chegou em março a 6,10%.
A previsão de inflação para este ano passou, assim, de 3,34% em janeiro, para 5,04%, segundo a pesquisa semanal Focus de expectativas de mercado, realizada pelo BCB.
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