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Estado de Minas WASHINGTON

Opas diz que hospitais estão 'perigosamente cheios' e alerta para riscos da covid em jovens


05/05/2021 20:24 - atualizado 05/05/2021 20:25

A Opas, escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, alertou nesta quarta-feira (5) que os hospitais da região estão "perigosamente cheios" de pacientes com covid-19 e alertou para o aumento nas internações e mortes de adultos jovens.

"Os hospitais da região estão perigosamente cheios", advertiu Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em uma entrevista coletiva virtual.

Etienne indicou em entrevista coletiva virtual que, na semana passada, 40% das mortes por covid-19 no mundo ocorreram na região, e que há mais países do que nunca relatando mais de 1.000 casos diários.

A diretora da Opas destacou que a região fez um trabalho notável para expandir a capacidade hospitalar no ano passado e que países como Colômbia, Panamá e República Dominicana dobraram a capacidade de leitos em unidades de terapia intensiva.

Outros países como Chile e Peru triplicaram esse tipo de cota, enquanto México e Honduras conseguiram quase quadruplicar essa capacidade.

A Opas realizou um estudo em 16 países e estabeleceu que, em março de 2020, havia um total de 61.406 leitos em unidades de terapia intensiva, com uma ocupação média de 61% nessas alas hospitalares.

Já em abril deste ano, o total havia aumentado para 121 mil, com 80% dessas novas vagas ocupadas.

"Isso é uma média, alguns países tiveram uma taxa de ocupação de mais de 95% nessas unidades", alertou Etienne, que lamentou que apesar do que foi aprendido com o vírus em 2020, "os esforços de controle não são tão rígidos e a prevenção não é tão eficiente".

A médica à frente da Opas explicou que esses leitos exigem funcionários especializados e os pacientes dessas unidades precisam de atendimento 24 horas por dia.

"Isso pode não ser sustentável ao longo do tempo", ressaltou, referindo-se ao cansaço acumulado do pessoal da saúde.

- "Sensação de falsa segurança" -

Etienne observou que durante grande parte da pandemia, os hospitais estavam lotados de pessoas mais velhas com comorbidades, e essa tendência criou uma "falsa sensação de segurança" entre a população mais jovem.

No entanto, acrescentou, as hospitalizações e mortes de adultos jovens estão aumentando à medida que a pandemia da covid-19 se acelera na região.

"Adultos de todas as idades - incluindo jovens - estão ficando gravemente doentes e muitos deles estão morrendo", observa a médica.

A Opas informou que nos últimos meses a taxa de hospitalização dos menores de 39 anos aumentou em 70% no Chile, enquanto no Brasil ocorreu um maior aumento de internação da população em torno dos 40 anos.

Enquanto nos Estados Unidos há mais pessoas na casa dos 20 anos hospitalizadas do que aquelas com mais de 70 anos, no Brasil a taxa de mortalidade de menores de 39 anos dobrou entre dezembro e maio passado.

Além disso, se multiplicou por quatro para pessoas de 40 anos e triplicou para as de 50 anos no período indicado, informou a médica.

De acordo com Etienne, a população mais jovem que recebe cuidados hospitalares tem maior probabilidade de sobreviver à covid-19, mas alertou os países para se prepararem para uma alta na demanda.

"Ainda estamos no meio de uma crise em andamento", alertou.


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