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Estado de Minas CARACAS

Parlamento chavista nomeia novas autoridades eleitorais na Venezuela


04/05/2021 21:06

O Parlamento da Venezuela nomeou nesta terça-feira (4) a nova diretoria da autoridade eleitoral, na qual três de seus cinco reitores estão vinculados ao chavismo, em meio a questionamentos da oposição, que boicotou as últimas eleições presidenciais e legislativas.

O novo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) foi um ponto alto da política venezuelana nos últimos meses, visando as eleições de governadores e prefeitos marcadas para este ano, após o fracasso das negociações entre o governo de Nicolás Maduro e o líder da oposição, Juan Guaidó, para nomear autoridades por consenso. É provável que haja um novo boicote.

Alexis Corredor Pérez, Tania D'Amelio, Enrique Márquez, Pedro Calzadilla e Roberto Picón são os cinco novos reitores principais do CNE para o período 2021-2028.

"A nomeação dos reitores é aprovada por maioria qualificada (dois terços dos deputados)", disse Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional unicameral, onde o chavismo tem 256 dos 277 lugares.

Esse Parlamento não é reconhecido pela oposição liderada por Guaidó, que boicotou as eleições legislativas de dezembro.

"O resultado será o mesmo de 2018 ou 2020, ignorância e rejeição", escreveu Guaidó no Twitter.

A oposição sempre acusou o CNE de favorecer o chavismo e boicotou as últimas eleições presidenciais de 2018, nas quais Nicolás Maduro foi reeleito para um novo mandato de seis anos, e as eleições legislativas de 2020, classificando-as de fraudulentas.

Ambas as eleições não foram reconhecidas pelos Estados Unidos e dezenas de países, que reconhecem Guaidó, ex-chefe do Parlamento da oposição (2016-2021), como presidente interino.

A antiga Assembleia Nacional, cuja continuidade é defendida por Guaidó, publicou um comunicado exortando a comunidade e as organizações internacionais a manterem "sua posição sobre a nulidade dos processos convocados na Venezuela por uma CNE inconstitucionalmente designada".

Tania D'Amelio é o único nome que se repete da diretoria anterior do CNE. Corredor Pérez e Calzadilla, como ela, têm relações com o partido no poder. Calzadilla foi o ministro de Maduro e de seu antecessor Hugo Chávez (1999-2013).

Márquez e Picón já estiveram próximos da oposição, mas se distanciaram do setor comandado por Guaidó.

Picón, que foi assessor eleitoral da antiga aliança opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD), foi preso entre junho e dezembro de 2017, acusado por Maduro de participar de um "plano de intervenção" dos Estados Unidos na Venezuela.

Os novos reitores titulares e seus suplentes foram nomeados de imediato pela Assembleia Nacional.


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