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Estado de Minas WASHINGTON

Retorno do Talibã coloca em risco o progresso das mulheres afegãs, segundo os EUA


04/05/2021 18:54

O retorno do Talibã ao poder no Afeganistão pode acabar com os avanços nos direitos das mulheres conquistados desde que os extremistas foram retirados de Cabul há quase duas décadas, alertou a inteligência dos Estados Unidos em um relatório divulgado recentemente.

De acordo com este documento de duas páginas do Conselho Nacional de Inteligência, a visão do grupo insurgente não mudou desde que esteve no poder entre 1996 e 2001, quando começou a intervenção militar dos Estados Unidos.

Na época, o Talibã impôs sua visão fundamentalista da religião ao proibir as mulheres de estudar ou trabalhar.

A retirada das forças americanas e internacionais, que deve ser concluída em setembro, gera temores de que esta visão extremista do islã volte a vigorar no país.

"O Talibã permanece amplamente consistente em sua abordagem restritiva aos direitos das mulheres e atrasaria muito do progresso das últimas duas décadas se o grupo recuperasse o poder nacional", afirma o relatório.

Além disso, o documento acrescenta que os rebeldes fizeram poucas mudanças em sua liderança, permanecem "inflexíveis" nas negociações e "impõem restrições sociais rígidas nas áreas que já controlam".

Embora alguns líderes do grupo tenham assumido compromissos públicos em favor do respeito aos direitos das mulheres, isso aplica-se apenas sobre a interpretação do Talibã da sharia, a lei islâmica.

"Se o Talibã fosse novamente a potência dominante no Afeganistão, avaliamos que qualquer possibilidade de moderar as políticas do grupo em relação às mulheres residiria na capacidade das minorias étnicas de manter as especificidades locais e o desenvolvimento tecnológico", afirma o relatório dos EUA, que destaca, por exemplo, a maior abertura ao mundo a partir do uso de telefones celulares.

Segundo os autores do relatório, o progresso dos últimos 20 anos é frágil e desigual e depende fortemente de pressões internacionais, o que sugere que está "ameaçado" pela retirada de forças estrangeiras.


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