"A posição americana sobre os acordos de paz de Dayton e sobre o futuro da Bósnia como um único estado destinado à comunidade euro-atlântica permanece inalterada", disse a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
"Não há futuro para qualquer outra entidade que não a Bósnia e Herzegovina", enfatizou, reiterando o apoio de Washington ao "papel essencial" do emissário da ONU, Valentin Inzko.
Em abril, o site Necenzurirano notou que o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, defendeu a dissolução da Bósnia, reduzindo-a a um pequeno estado de maioria muçulmana, enquanto sua entidade sérvia, a Republika Srpska, se juntaria à Sérvia e à Croácia.
Como outros países europeus que integram o Conselho de Segurança, como Irlanda e Estônia, a França afirmou seu "apoio inabalável à soberania e integridade territorial" da Bósnia.
"A retórica da divisão, discursos nacionalistas e separatistas ou aqueles que aludem ao potencial para uma guerra, não são aceitáveis", disse a vice-embaixadora da França, Nathalie Broadhurst, que pediu para manter o emissário da ONU na Bósnia.
A Rússia não questiona a integridade da Bósnia, mas considera que a organização internacional não mostrou equilíbrio em seus relatórios e que o escritório da ONU deveria ser encerrado.
O emissário da ONU "apresenta a situação como se os sérvios bósnios e os croatas fossem os culpados pelas dificuldades", justificou Anna Evstigneeva, a vice-embaixadora da Rússia.
A diplomata denunciou a "interferência" de Inzko na Bósnia e a "manipulação de eventos históricos" que "causam tensões".
Essas críticas foram rejeitadas por Inzko, que deplorou o discurso de ódio contra ele depois que em novembro passado o atual presidente da Bósnia, Milorad Dodik, o descreveu como um "monstro".
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