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Estado de Minas NOVA DÉLHI

Índia supera 20 milhões de casos de coronavírus e Brasil sofre com falta de vacinas


04/05/2021 17:26 - atualizado 04/05/2021 17:31

A Índia superou, nesta terça-feira (4), a marca de 20 milhões de casos de covid-19 e o cenário no país é cada vez mais preocupante, com o sistema de saúde asfixiado, enquanto no Brasil, também muito afetado pela pandemia, alguns estados interromperam a aplicação da segunda dose da vacina Coronovac por falta do imunizante.

Nesta terça-feira, o país asiático contabilizou mais de 350.000 novos casos, um pouco menos que o recorde de 402.000 em 24 horas registrado na semana passada.

"Há um sinal de movimento na direção correta", afirmou na segunda-feira Lav Aggarwal, alto funcionário do ministério da Saúde indiano.

A Índia, que sofre com uma onda de contágios de uma nova variante do vírus, tem um balanço de 222.000 mortes, uma situação dramática atribuída por especialistas aos grandes encontros religiosos e à inércia do governo do primeiro-ministro nacionalista Narendra Modi.

Os hospitais estão em colapso, com falta de oxigênio, remédios e leitos, apesar dos esforços da comunidade internacional para ajudar o país na luta contra o vírus, que matou mais de 3,2 milhões de pessoas no mundo.

"Trabalhamos muito duro, mas não podemos salvar a todos", afirma Swadha Prasad, de 17 anos, que atua como voluntária em Nova Délhi verificando a disponibilidade de leitos e remédios, além de atender ligações de pessoas desesperadas em busca de ajuda para os familiares.

- Passaportes sanitários -

A situação é muito diferente na Europa, onde um progresso sutil está reduzindo as ordens de confinamento e outras medidas contra o vírus em vários países.

A Alemanha vai suspender algumas restrições para as pessoas que já estão totalmente vacinadas, como a obrigatoriedade de um teste negativo para entrar nas lojas ou o limite de capacidade em reuniões privadas, anunciou a ministra da Justiça nesta terça-feira.

O Parlamento vai se pronunciar na quinta e na sexta-feira sobre o projeto, que poderá entrar em vigor no fim de semana. Mas, até então, apenas 8% da população alemã já recebeu as duas doses da vacina contra a covid.

A Dinamarca também anunciou nesta terça novos passos para sua reabertura, graças a uma situação epidemiológica controlada e seu passaporte sanitário, um dos primeiros da Europa.

E na Itália, o primeiro-ministro Mario Draghi mencionou um "passaporte nacional verde" para os vacinados, que valeria a partir da segunda quinzena de maio e que visa retomar as viagens entre regiões.

Cada vez mais governos levantam a opção do passaporte de saúde para tentar retomar suas economias, afundadas pela pandemia.

Na quarta-feira, os embaixadores dos 27 estados membros da União Europeia (UE) devem examinar uma proposta da Comissão Europeia para permitir a entrada no bloco de viajantes completamente vacinados.

O ritmo das campanhas de imunização está acelerando, mas ainda há um longo caminho pela frente.

Nesta terça, um quarto da população da UE, de 446 milhões, havia recebido pelo menos uma injeção. E haverá "doses suficientes para vacinar 70% dos adultos" do bloco até julho, garantiu a presidente do executivo europeu, Ursula von der Leyen.

- Segunda dose indisponível no Brasil -

No Brasil, segundo país mais afetado pela pandemia no mundo com mais de 408.000 mortes, o problema é a falta de vacinas.

Pelo menos sete capitais, incluindo grandes cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre, interromperam a aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac por falta do imunizante, o mais utilizado no país.

Nesta terça-feira, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga a gestão da pandemia do governo Jair Bolsonaro deu início aos interrogatórios, com a convocação do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido por defender o isolamento social.

Em sua declaração preliminar, Mandetta afirmou que sua atuação foi guiada pela "defesa intransigente da vida", assim como pela "ciência como elemento de decisão". Uma postura que segundo muitos especialistas se opõe à atitude de Bolsonaro, que minimizou a doença.

A América Latina e o Caribe somam mais de 929.000 mortes e quase 30 milhões de infecções, de acordo com dados da AFP nesta terça. Em todo o mundo, a pandemia causou mais de 3,2 milhões de mortes e mais de 153 milhões de infecções.

Nos Estados Unidos, país mais afetado tanto em mortes como em casos, o presidente Joe Biden estabeleceu uma nova meta de vacinação nesta terça: 70% dos adultos devem receber pelo menos uma dose até 4 de julho, Dia da Independência.

Até essa data, o objetivo é que 160 milhões de norte-americanos estejam totalmente vacinados.

Em Nova York, que foi o epicentro da epidemia no ano passado, o governador do estado, Andrew Cuomo, anunciou a iminente retomada do serviço 24 horas do metrô da cidade.

Os Estados Unidos devem aprovar na próxima semana o uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech para adolescentes a partir de 12 anos.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta terça-feira o início da "análise contínua" da vacina do laboratório chinês Sinovac, o que abre caminho para sua futura autorização na UE.


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