Jornal Estado de Minas

PARIS

Parlamento francês vota hoje lei sobre clima apoiada por Macron

Depois de semanas de acalorados debates, os deputados franceses se preparam para votar uma nova lei climática na terça-feira (4), apoiada pelo partido do presidente Emmanuel Macron, mas que os ambientalistas consideram "insuficiente" diante da emergência climática.



É quase certo que o projeto de lei será aprovado em primeiro turno pela Câmara Baixa do Parlamento, onde Macron tem maioria. Depois de aprovado, segue para o Senado em junho.

O texto inclui a supressão de voos domésticos de menos de duas horas e meia para destinos acessíveis de trem, a criação de um "crime de ecocídio", a introdução de um vale para a compra de bicicletas elétricas e a proibição de alugar imóveis que não estejam adequadamente isolados, a partir de 2028.

O objetivo geral é implementar medidas que permitam à França cumprir sua meta de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa em 40% em relação aos níveis de 1990 até o prazo de 2030.

A ministra francesa do Meio Ambiente, Barbara Pompili, defendeu o texto, dizendo que terá um impacto "no cotidiano de todos os nossos cidadãos" e que é "uma das maiores leis do mandato" de Macron.

ONGs como o Greenpeace e a Rede de Ação Climática denunciam, no entanto, uma "oportunidade perdida" e um "projeto de lei para fingir que se está agindo".

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