(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MADRI

Madri vai às urnas em eleição regional de importância vital para o cenário nacional


04/05/2021 10:00 - atualizado 04/05/2021 10:07

Os madrilenos votam nesta terça-feira (4) em eleições regionais polarizadas e importantes para o cenário nacional, nas quais a direita espera conservar seu reduto e ganhar força diante da coalizão de esquerda que governa a Espanha.

Antes mesmo da abertura dos locais de votação às 9H00 (4H00 de Brasília), grandes filas eram observadas.

Às 13H00 (8H00 de Brasília), o índice de participação era de 28,4% dos mais de cinco milhões de eleitores registrados.

Após uma campanha ríspida, com dois blocos muito polarizados, analistas projetam um grande comparecimento aos centros de votação, que permanecerão abertos até 20H00 (15H00 de Brasília). Os resultados devem ser divulgados durante a noite.

As pesquisas apontam que o conservador Partido Popular, liderado pela presidente regional Isabel Díaz Ayuso, deve manter o controle na região mais rica e influente da Espanha, que a formação governa há 26 anos.

Ao mesmo tempo, os socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez, os mais votados em 2019 na capital mas que não conseguiram formar um governo, podem registrar seu pior resultado na história na região.

Estas são as primeiras eleições em Madri desde o início da pandemia de coronavírus em março de 2020, que afetou em particular a capital espanhola, que se viu obrigada a improvisar hospitais de campanha e um necrotério em uma pista de patinação sobre o gelo.

Com 15.000 mortes do total de 78.000 no país, a região da capital tem o pior índice de incidência por covid-19, com 45% dos leitos de UTI ocupados com pacientes da doença.

- Presidente dos bares -

Mas os conservadores acreditam em capitalizar a arriscada política de medidas flexíveis adotada há quase um ano por Díaz Ayuso, com a abertura contínua de bares, restaurantes e casas de espetáculos.

A resistência às pressões do governo central e a oposição a endurecer as restrições renderam amplas simpatias, especialmente no setor de bares e restaurantes, com cervejas e pizzas batizadas em sua homenagem.

"Ayuso merece ser amada pelo que fez, abrir os bares e gerar emprego", disse José Luis Cordón, um funcionário público de 63 anos que votou na conservadora.

Com 136 cadeiras em disputa no Parlamento regional, os conservadores do Partido Popular podem dobrar o resultado de 2019 e se aproximar da maioria absoluta, de acordo com as pesquisas, mas provavelmente precisarão do apoio do partido de extrema-direita Vox.

Governar com o Vox, tem um discurso anti-imigração e de grande hostilidade com a esquerda, "não seria o fim do mundo", afirmou Díaz Ayuso, que usou a palavra "liberdade" como slogan de campanha.

O resultado das eleições antecipadas terá validade de apenas dois anos, pois os madrilenos terão que votar novamente em 2023, quando devem acontecer as legislativas nacionais.

Enquanto aguarda a disputa nacional, o PP, desbancado do poder central em 2018, apresenta a "batalha de Madri" como a primeira etapa da futura disputa eleitoral com Pedro Sánchez, que governa em coalizão com o partido de esquerda radical Podemos.

"Estou convencido que isto será um ponto de inflexão para o futuro da Espanha", disse o dirigente nacional conservador Pablo Casado.

"A coalizão que governa a Espanha seguirá por muitos anos", respondeu Pablo Iglesias, candidato e líder do Podemos, que abandonou uma vice-presidência do governo central para disputar a eleição em Madri e tentar frear a queda de seu partido em Madri.

- Slogans e ameaças -

A campanha aconteceu dentro de uma estrita lógica de blocos: os partidos de direita (PP, Vox e os liberais de Cidadão) contra as formações de esquerda (PSOE, Podemos e sua cisão Mais Madri).

Os debates sobre problemas concretos como a gestão da pandemia, os problemas de habitação e de investimentos em serviços públicos não tiveram peso.

Em um clima de slogans bombásticos ("comunismo ou liberdade", "fascismo ou democracia"), a campanha foi abalada por ameaças contra vários líderes políticos, entre eles Díaz Ayuso e Pablo Iglesias, com envelopes que continham balas de armas de fogo.

Analistas apontam que as chances da esquerda passam por uma ampla mobilização de seu eleitorado.

A votação acontece sob rígidas medidas para minimizar o risco de contágio para eleitores e mesários.

As autoridades pediram às pessoas com covid-19 ou suspeita de contágio que votem no último horário, entre 19H00-20H00, mas esta não é uma obrigação.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)