A gravação que vazou para a imprensa recebeu muitas críticas no Irã, especialmente dos conservadores, que acusaram Zarif, chanceler desde 2013, de questionar as grandes diretrizes da política da República Islâmica do Irã.
"Espero que a respeitada família de Soleimani me perdoe", afirmou Zarif em um comunicado publicado no Instagram, no qual reconhece que os "sentimentos puros" dos parentes do general falecido foram "feridos".
O comandante da Força Qods, responsável pelas operações no exterior da Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã, morreu em um ataque americano em Bagdá em janeiro de 2020.
Vários meios de comunicação estrangeiros, incluindo o jornal New York Times, publicaram há uma semana trechos de uma conversa de Zarif, sem explicar como conseguiram o material.
De acordo com os trechos publicados pelo jornal americano, Zarif disse: "Na República Islâmica, o âmbito militar manda. Sacrificaram a diplomacia em nome do campo militar, quando o âmbito militar deveria estar a serviço da diplomacia".
Suas palavras eram uma referência ao papel de Qassem Soleimani na política externa do país, segundo o NYT.
O governo do presidente iraniano, Hassan Rohani, ordenou uma investigação por "conspiração" pelo vazamento e pediu a identificação do autor do "roubo" da gravação.
"Se soubesse que uma só palavra (das declarações) se tornaria pública, não as teria pronunciado", afirmou Zarif neste domingo.
TEERÃ