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Estado de Minas BOGOTÁ

FARC reconhece crimes contra a humanidade em tribunal de paz da Colômbia


30/04/2021 15:54

Líderes da dissolvida guerrilha das FARC na Colômbia aceitaram nesta sexta-feira (30) sua responsabilidade pelos crimes de guerra e crimes contra a humanidade relacionados ao sequestro de mais de 21.000 pessoas que o tribunal surgido a partir do acordo de paz lhes acusou.

"Reconhecemos expressamente a responsabilidade pelos tribunal na acusação" emitida pela Jurisdição Especial para a Paz (JEP), em 28 de janeiro, indicaram em carta sete ex-líderes rebeldes que assinaram o histórico pacto de paz em 2016.

"Os referidos acontecimentos e condutas consistiram em ordenar a captura e privação da liberdade, de forma prolongada, de civis e militares", acrescentaram.

Numa coletiva de imprensa virtual, os ex-guerrilheiros asseguraram que entregaram à JEP um documento com a aceitação formal dos crimes de que são acusados.

"Também reconhecemos explicitamente as condições precárias e difíceis que enfrentaram as pessoas sequestradas pelas FARC (...), do sofrimento infligido de maneira injustificável às vítimas e suas famílias", declarou o agora senador Julián Gallo, também conhecido como Carlos Lozada.

Oito comandantes de alto escalão daquela que foi a guerrilha mais poderosa do continente foram indiciados por crimes contra a humanidade ocorridos entre 1990 e 2016, quando sequestraram 21.396 pessoas.

Entre esses comandantes estão Rodrigo Londoño, chefe do partido de esquerda Comunes, surgido a partir do acordo, e os deputados Pablo Catatumbo e Lozada, que ocupam duas das dez cadeiras no parlamento concedidas ao partido. Um dos acusados morreu em janeiro.

Esta é a primeira acusação da JEP desde a sua criação em 2017. O tribunal julgará os piores crimes cometidos em mais de seis décadas de conflito armado.

Durante sua longa e malsucedida luta pelo poder, as FARC recorreram ao sequestro de pessoas para fins econômicos e políticos.

Em julho de 2018, os líderes rebeldes começaram a responder individualmente ao JEP por este crime, um dos crimes mais repudiados pelos colombianos.

Em diferentes ocasiões pediram perdão às vítimas.


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