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Estado de Minas WASHINGTON

Blinken visitará Ucrânia após mobilização de tropas russas


30/04/2021 14:30

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, visitará a Ucrânia no próximo mês em uma demonstração de apoio "inabalável" a esse país após a recente concentração de tropas russas ao longo das fronteiras.

Nas últimas semanas, Moscou enviou até 100.000 soldados para perto das fronteiras norte e leste da Ucrânia e para a Crimeia, gerando preocupação diante da possibilidade de uma escalada de tensões.

Mas na sexta-feira passada, anunciou que havia começado a retirar suas tropas, e Kiev e a Otan elogiaram essa notícia.

A visita de Blinken, de 5 a 6 de maio, tem como objetivo "reafirmar o apoio inabalável dos Estados Unidos à soberania e integridade territorial da Ucrânia contra a agressão em curso da Rússia", diz um comunicado do porta-voz de Blinken, Ned Price.

O chefe da diplomacia americana se reunirá com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e deve promover medidas anticorrupção, uma reivindicação de longa data dos aliados ocidentais de Kiev, disse Price.

As tensões entre Moscou e Washington estão no auge em meio a desentendimentos sobre a Ucrânia, o destino do opositor russo Alexei Navalny e acusações de espionagem, interferência eleitoral e ataques cibernéticos que os Estados Unidos atribuem à Rússia.

O presidente Joe Biden sugeriu a seu homólogo russo, Vladimir Putin, em uma conversa por telefone em meados de abril, que eles realizassem uma reunião no verão em um terceiro país em uma cúpula com o objetivo de estabilizar as relações bilaterais.

"É o velho método dos chefes da diplomacia: ir a algum lugar para realizar uma operação de comunicação, para dizer 'sim, os Estados Unidos se preocupam com você e o apoia em tais e tais questões políticas'", disse Yuval Weber, especialista sobre a Rússia e a zona euro-asiática do Instituto Kennan no Wilson Center, em Washington.

A recente demonstração de força da Rússia, disse ele, teve como objetivo enviar uma mensagem ao novo governo Biden.

E embora Moscou tenha retirado as tropas após o que descreveu como exercícios militares, não levou as armas, um gesto que lembra os preparativos que levaram à ofensiva de 2008 contra a Geórgia, disse o pesquisador.

"O aumento de tropas foi normalizado até certo ponto, então da próxima vez ... será um pouco menos surpreendente", acrescentou.

Kiev combate os separatistas pró-russos nas regiões do leste de Donetsk e Lugansk desde 2014, depois da anexação da península da Crimeia por Moscou.

Um cessar-fogo decidido em julho foi rompido este ano e os confrontos entre as forças ucranianas e os separatistas aumentaram consideravelmente desde janeiro.

No geral, há um consenso de que os separatistas contam com o apoio político e militar da Rússia, negado por Moscou.

O conflito já deixou mais de 13.000 mortes.


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