"A União Europeia continua com sua política de restrições unilaterais ilegítimas contra cidadãos e organizações russas", disse a diplomacia russa, informando a proibição de entrada no país de oito funcionários europeus, entre eles, o presidente do Parlamento europeu.
"A UE reserva-se o direito de tomar as medidas adequadas em resposta à decisão das autoridades russas", advertiram por sua vez os presidentes das três instituições da UE - o Conselho Europeu, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia - numa declaração conjunta.
Entre os sancionados, estão David Maria Sassoli, presidente do Parlamento Europeu, e Vera Jourova, vice-presidente da Comissão Europeia encarregada de Valores e Transparência e o promotor de Berlim, Jörg Raupach.
"Aparentemente, não sou bem-vindo ao Kremlin? Suspeitei um pouco ... Nenhuma sanção ou intimidação impedirá o Parlamento Europeu ou eu mesmo de defender os direitos humanos, a liberdade e a democracia. As ameaças não nos silenciarão", reagiu Sassoli em sua conta no Twitter.
O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha denunciou as sanções russas, que qualificou como "infundadas", e afirmou que "elas contribuem inutilmente para tensionar ainda mais as relações".
Segundo o comunicado, a Rússia responde às sanções impostas pela UE em 2 e 22 de março aos cidadãos russos. Moscou afirma que essas medidas "buscam desafiar abertamente a independência da política interna e externa russa".
Em 2 de março, a UE anunciou que imporia sanções contra quatro russos que acusava de graves violações aos direitos humanos, como prisões e detenções arbitrárias, assim como a repressão maciça e sistemática da liberdade de reunião pacífica na Rússia.
Essas medidas incluíam a proibição de entrada no território da UE e o congelamento de bens desses responsáveis, entre eles o chefe do Comitê de Investigação russo, Alexander Bastrykine, e o procurador-geral Igor Krasnov.
Em 22 de março, o Conselho da UE decidiu introduzir medidas restritivas contra os responsáveis de violações graves dos direitos humanos em vários países do mundo, principalmente por tortura e repressão à comunidade LGBTQI+ e aos opositores políticos na Chechênia, uma república do Cáucaso russo.
MOSCOU