Há mais de três décadas, todo 4 de junho à noite, uma multidão se reúne para relembrar a sangrenta repressão em 1989 de Tiananmen.
No ano passado, pela primeira vez, a polícia proibiu essa homenagem, alegando as restrições sanitárias pela pandemia.
Dezenas de milhares de pessoas desobedeceram a proibição e se reuniram, como todo ano, no parque Victoria. Desde então, ações judiciais foram lançadas contra 24 dissidentes de destaque que participaram do ato.
Em uma audiência preliminar nesta sexta-feira (30) em um tribunal, Wong se declarou culpado, junto aos conselheiros do distrito Lester Shum, Tiffany Yuen e Jannelle Leung.
Participar de uma manifestação ilegal é uma infração que pode gerar uma pena de até cinco anos de prisão.
Wong, uma das figuras mais conhecidas do movimento pró-democracia, encara atualmente uma pena de prisão pelo seu papel nas manifestações de 2019 na ex-colônia britânica.
Shum e Yuen foram detidos por terem infringido a draconiana lei de segurança nacional. Wong também é acusado de ter violado essa lei, imposta no ano passado por Pequim. Por sua vez, Leung está em prisão preventiva.
O tribunal anunciará sua decisão sobre esses quatro ativistas em 6 de maio.
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