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Estado de Minas BRUXELAS

Principais economias da Eurozona têm contração no primeiro trimestre


30/04/2021 09:12

Os principais países europeus registraram contração de suas economias no primeiro trimestre do ano, ainda sob o impacto das medidas adotadas para frear a pandemia de coronavírus.

A agência europeia de estatísticas Eurostat informou na sexta-feira que a Eurozona fechou o primeiro trimestre com retrocesso de 0,6%, após uma contração de 0,7% nos últimos três meses de 2020.

O resultado do primeiro trimestre de 2021, no entanto, é promissor quando comparado com o segundo trimestre de 2020, período em que o Produto Interno Bruto (PIB) desabou 11,6% sob o peso da pandemia.

Os números contrastam com as previsões já anunciadas nos Estados Unidos e China, com franca recuperação. Pequim, por exemplo, registrou no primeiro trimestre uma impressionante recuperação em ritmo anual de 18,3%.

Vários países europeus anunciaram as próprias estimativas de desempenho econômico para os primeiros trimestres do ano, com retrocessos importantes.

A Alemanha, maior economia da União Europeia (UE), registrou uma queda importante de 1,7%, com um índice em ritmo anual negativo em -3%.

"A crise do coronavírus provocou uma nova queda no início do ano, após dois trimestres de alta", afirmou o instituto nacional de estatísticas Destatis.

Com a mesma tendência, o PIB da Espanha - quarta maior economia da Eurozona - registrou contração de 0,5% nos primeiros três meses do ano, mas o governo revisou em alta sua expectativa de desempenho econômico para o ano de 2021.

No início do ano, a economia espanhola foi afetada por novas restrições impostas para lutar contra a nova onda de contágios detectada após as festas de Natal, que afetaram especialmente setores como turismo e restaurantes.

A Itália teve contração de 0,4% no primeiro trimestre, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat).

Em ritmo anual, a queda do PIB italiano alcançou 1,4%, muito menos que no quarto trimestre de 2020 (-6,6%).

Assim com a a Espanha, a Itália aposta em um crescimento de 4,5% em 2021 - incluindo o efeito das medidas de estímulo econômica adotadas pelo governo de Mario Draghi - e de 4,8% em 2022.

Lituânia (+1,8%), Bélgica (+0,6%) e França (+0,4%) registraram crescimento no início do ano.

Andrew Cunningham, economista chefe para a Europa na Capital Economics, afirmou que o resultado do primeiro trimestre "significa que a região sofreu uma segunda recessão técnica em pouco mais de um ano, já que o PIB teve contração em quatro dos último cinco trimestres".

Mas ele destaca que "as coisas devem melhorar até o fim do segundo trimestre, pois os programas de vacinação permitirão que os governos suspendam as restrições, possivelmente pela última vez".

- Inflação -

Ao mesmo tempo, a Eurostat calculou que o índice de inflação em ritmo anual da zona do euro voltou a subir em abril, a 1,6%, aproximando-se da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).

Depois de cinco meses consecutivos de números negativos em 2020, provocados pela drástica queda de demanda e consumo, a inflação atingiu 0,9% em janeiro e fevereiro, e 1,3% em março.

A taxa de desemprego da Eurozona registrou leve queda em março na comparação com fevereiro, a 8,1%, mas aumentou um ponto em ritmo anual por efeito da pandemia, também de acordo com a Eurostat.

O índice de desemprego foi de 8,2% em fevereiro e de 7,1% em março de 2020, destacou a Eurostat em um comunicado.

Eurozona é o espaço compartilhado pelos 19 países da UE que adotaram o euro como sua moeda, com a política monetária administrada pelo BCE.

Andorra, Mônaco, San Marino e a Cidade do Vaticano adotaram o euro como divisa com base em acordos específicos com a UE, mas não são membros do bloco nem integram a Eurorona.


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