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Estado de Minas NAÇÕES UNIDAS

Ocidente rejeita antecipadamente resultado de eleições na Síria


28/04/2021 16:50

Estados Unidos, França e Reino Unido, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, rejeitaram nesta quarta-feira (28), antecipadamente, o resultado da eleição presidencial de 26 de maio na Síria, o que ofendeu a Rússia, outro integrante com direito a veto.

"A França não vai reconhecer nenhuma validade" das eleições organizadas pelo regime de Damasco, afirmou o embaixador francês na ONU, Nicolas de Rivière, durante sessão mensal do Conselho de Segurança sobre a Síria.

Ao não incluir a diáspora, a Síria "se manterá sob o controle exclusivo do regime, sem supervisão internacional" como determinou a resolução 2254 (aprovada por unanimidade em 2015), acrescentou.

A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, expressou-se no mesmo sentido. "O fato de não aprovar uma nova Constituição é uma prova de que as eleições de 26 de maio serão uma farsa", disse.

Devem ser adotadas medidas para a "participação dos refugiados, as pessoas deslocadas e a diáspora em qualquer eleição síria", acrescentou.

Até que isto não ocorra, "não seremos enganados", advertiu.

"As eleições na ausência de um ambiente seguro e neutro, em um clima de medo permanente, quando milhões de sírios dependem de ajuda humanitária (...) não conferem legitimidade política, mas mostram desprezo pelo povo sírio", afirmou Sonia Farrey, representante do Reino Unido.

Para a Estônia, uma eleição na Síria deve ocorrer sob os auspícios da ONU e incluir a oposição e a diáspora, ressaltou seu embaixador, Sven Jürgenson.

"Qualquer outra coisa seria considerada uma nova farsa", acrescentou. Outros membros da União Europeia têm a mesma postura.

Enquanto isso, o embaixador russo, Vassily Nebenzia, cujo país é o principal aliado de Damasco, considerou "angustiante que alguns países rejeitem a ideia própria desta eleição e já a tenham declarado ilegítima". Além disso, denunciou uma "ingerência inadmissível nos assuntos internos da Síria".

Desde o início da guerra civil em 2011, registraram-se mais de 388.000 mortos e mais da metade da população síria foi deslocada.


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