Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Família quebra hospital depois de mulher morrer por COVID-19; veja

Familiares de uma mulher de 62 anos protagonizaram cenas de violência no hospital Apollo em Delhi, na Índia. De acordo com informações do portal Zee News, a paciente foi recebida na emergência em estado grave com sintomas de infecção por COVID-19, na madrugada desta terça-feira (27/4).





Após os primeiros cuidados na emergência, médicos orientaram que a mulher fosse levada a outra unidade de saúde já que não havia leito de UTI disponível no local. Apesar disso, infelizmente a paciente morreu antes que fosse transferida, o que causou um ataque de fúria nos parentes.

Nas filmagens feitas fora do prédio, é possível ver pessoas brigando e uma multidão correndo. Um médico e três funcionários da segurança tiveram ferimentos leves. Alguns equipamentos e uma divisória da recepção foram danificados. Apesar disso, a empresa não deve prestar queixa.

“Entendemos que a família está passando por muita coisa. Eles perderam alguém. Nós entendemos como eles estão se sentindo. Não queríamos apresentar uma reclamação... Nosso único apelo é que, por favor, apreciem o fato de estarmos fazendo o melhor. Precisamos do apoio de todos”, disse o médico Karan Thakur, vice-presidente do Hospital Apollo ao Zee News.





Veja o momento da confusão:


Crise de leitos e insumos

Com recordes diários em novos casos e número de mortos, a Índia tem vivido, neste mês de abril, seu pior momento desde o início da pandemia. Especialistas consideram que o governo perdeu o controle da dispersão local do coronavírus após os festivais religiosos entre o fim de março e o início de abril. Por isso, as cidades enfrentam crise de oxigênio, medicamentos e outros insumos ao mesmo tempo em que faltam leitos de UTIs e enfermarias.

Em meio aos problemas, autoridades locais investigam o bloqueio irregular de leitos nos hospitais particulares. Em Bannerghatta, uma unidade do Apollo chegou a ser autuada por cobrar 249 mil rúpias (equivalente a pouco mais de R$ 18 mil) para que um idoso tivesse acesso a um leito, mesmo que ele tivesse sido encaminhado pela cota do sistema público de saúde. A denúncia foi publicada nesta madrugada pelo jornal Deccan Herald.

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