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Estado de Minas BERLIM

BioNTech confia na eficácia de sua vacina contra a variante indiana da covid-19


28/04/2021 11:01 - atualizado 28/04/2021 11:14

O diretor do laboratório BioNTech, Ugur Sahin, declarou nesta quarta-feira (28) que confia na eficácia de sua vacina, desenvolvida em parceria com o grupo americano Pfizer, contra a variante indiana da covid-19.

O cofundador, junto com sua esposa, e diretor do laboratório de Mainz também espera imunidade coletiva na Europa "o mais tardar em agosto".

"Ainda estamos fazendo testes, mas a variante indiana apresenta mutações que já estudamos e contra as quais nossa vacina atua, então estou confiante", afirmou Sahin durante uma coletiva de imprensa virtual.

A variante B.1.617, conhecida como variante indiana por ter sido detectada pela primeira vez na Índia, já foi registrada em pelo menos 17 nações, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, Bélgica, Suíça e Itália, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na Índia, o número de vítimas fatais pelo coronavírus superou nesta quarta os 200.000, com recordes de casos e óbitos em 24 horas, num momento em que a ajuda internacional começa a chegar.

"A vacina foi produzida de forma inteligente e estou convencido de que o bastião que ela constitui vai resistir. E se tivermos que fortalecer novamente, então vamos fazer isto, não estou preocupado", acrescentou Sahin.

A BioNTech já testou sua vacina em mais de 30 variantes e em cada ocasião obteve, no mínimo, uma "resposta imunológica suficiente", explicou.

O diretor do laboratório alemão especializado em RNA mensageiro e que se tornou pioneiro na imunização contra a covid-19, também anunciou que sua vacina, usada na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos desde dezembro, receberá em breve a aprovação das autoridades chinesas.

"Faltam algumas questões em aberto que nós iremos responder e uma autorização até julho é muito provável", detalhou.

O cientista também se mostrou favorável a uma flexibilização das restrições para as pessoas vacinadas, mas pensa que "não deve acontecer de maneira muito rápida, porque provocaria ciúmes".

Quando 50% ou 60% dos europeus estiverem vacinados, no fim de maio ou junho, uma "grande parte da população" poderá ser beneficiada pelas flexibilizações", opinou.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se mostrou otimista na semana passada de que a UE terá doses suficientes "para vacinar 70% da população adulta até julho".

O Executivo europeu também fez, de acordo com Sahin, "um trabalho muito bom" nas negociações em torno do fornecimento de vacinas, visto que "cada um dos 27 países tinham sua opinião".

"Acho bom que a UE também exporte vacinas, porque a imunidade coletiva na Europa será alcançada em julho, o mais tardar em agosto", observou. "É uma tarefa para a humanidade, porque é inútil se os europeus estiverem seguros e novas variantes vierem de países onde o vírus ainda circula".

A vacina também exigirá um reforço, entre seis e nove meses após a segunda injeção, então "a cada 12 a 18 meses".


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