O cardiologista Yaroslav Ashijmin e outros médicos informaram em um comunicado terem pedido ao principal opositor do presidente russo, Vladimir Putin, "deter imediatamente a greve de fome para preservar sua vida e saúde".
Os especialistas, entre eles sua médica pessoal, Anastasia Vasilieva, explicaram que tiveram acesso aos resultados de exames feitos em Navalny desde sua transferência no começo da semana a um hospital para presos com tuberculose.
"A manutenção do jejum pode prejudicar consideravelmente a saúde de Alexei Navalny e pode levar ao resultado mais triste: a morte", acrescentaram.
O opositor teria "sintomas de insuficiência renal, sintomas neurológicos graves e de hiponatremia grave" - um transtorno metabólico -, que podem provocar doenças mais graves, afirmaram.
"Se a greve de fome continuar inclusive por pouco tempo, infelizmente não teremos ninguém a quem curar", alertaram os médicos, pedindo às autoridades transferir Navalny para um hospital em Moscou, onde possa receber "cuidados adequados".
O opositor de 44 anos está em um centro em Vladimir, 180 km ao leste de Moscou, para onde foi transferido da colônia penitenciária de Pokrov, na mesma região.
O ativista anticorrupção foi preso em janeiro ao retornar à Rússia após passar cinco meses convalescendo na Alemanha, onde se recuperou de um envenenamento que atribui ao Kremlin. Moscou nega as acusações.
Desde 31 de março, o opositor russo está em greve de fome em protesto contra suas condições de prisão. Os países ocidentais pedem sua libertação.
MOSCOU