Em um memorando enviado aos funcionários na terça-feira, o CEO Jonathan Karp afirmou que a missão da empresa era "publicar uma diversidade de vozes e perspectivas".
"Portanto, prosseguiremos com nosso acordo de publicação com o (ex) vice-presidente Mike Pence", anunciou.
A Simon & Schuster anunciou no início deste mês que Pence havia assinado um acordo para escrever uma autobiografia detalhando sua atividade durante o governo do ex-presidente republicano Donald Trump.
A editora informou que seria um contrato de dois livros, com o primeiro volume agendado provisoriamente para publicação em 2023.
Duas pessoas na indústria editorial disseram que o acordo com Pence vale entre US$ 3 milhões e US$ 4 milhões, informou a CNN.
O anúncio gerou protestos de funcionários que fizeram uma petição contra, dizendo que o acordo significava que a editora estava "legitimando o fanatismo".
A petição, que não lista o número de signatários, acusou Pence de fazer pressão por políticas que discriminavam pessoas negras, grupos LGBTQ e mulheres.
"Mike Pence tem sangue, literal e figurativamente, nas mãos. Exigimos que o contrato para o livro de Mike Pence seja cancelado", sinaliza a petição, de acordo com cópias que circulam virtualmente.
O livro de memórias, atualmente ainda sem título, deve falar sobre a fé e o serviço público de Pence, incluindo seu tempo como congressista nos EUA, sua ascensão para se tornar governador do estado de Indiana e seu retorno a Washington como o número dois de Trump.
Pence, de 61 anos, está praticamente fora da política desde que ele e Trump perderam as eleições de novembro para o atual presidente, o democrata Joe Biden.