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Estado de Minas NAÇÕES UNIDAS

ONU: 30% da população no Triângulo do Norte centro-americano precisa de ajuda


20/04/2021 19:34

Dez milhões de pessoas precisam de ajuda urgente em Honduras, Guatemala e El Salvador, disseram nesta terça-feira (20) altos funcionários da ONU, ao pedirem mais doações para aquela região, conhecida como Triângulo do Norte, assim como soluções de longo prazo para atender as causas da crise humanitária.

À violência crônica, a crescente insegurança alimentar e os efeitos das mudanças climáticas nestes países centro-americanos se somaram o impacto da pandemia de covid-19 e dos recentes furacões Iota e Eta, detalhou Mark Lowcock, vice-secretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, durante uma reunião virtual da organização sobre a situação humanitária na região.

"Hoje estimamos que 10 milhões de pessoas - 30% da população total nos três países - precise de ajuda humanitária", informou.

"Só na região centro-americana, o número de pessoas que avançam literalmente para a fome quadruplicou de dois a oito milhões", destacou David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU, na mesma reunião.

A embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, informou que segundo as projeções atuais, "milhões de famílias simplesmente não vão poder se alimentar" este ano nos três países. "Isto é uma crise humanitária", destacou.

"E uma a cada três pessoas deslocadas internalmente na região é uma criança", afirmou a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore.

Desde fevereiro explodiu o número de pessoas sem documentos que chegam da América Central aos Estados Unidos pela fronteira sul para fugir da fome e da violência, um desafio para o presidente americano, Joe Biden, que é mais tolerante aos migrantes do que seu antecessor, Donald Trump. Milhares são crianças ou adolescentes que viajam sozinhos, arriscando a vida em uma viagem perigosa organizada por traficantes de pessoas.

Lowcock advertiu que "a ação humanitária por si só não pode atender às crescentes necessidades da população da região". "Precisamos de uma visão holística (...) mais integral e a longo prazo", afirmou.

A embaixadora americana lembrou que historicamente os programas humanitários na América Latina recebem menos recursos do que emergências em outras regiões.

"Devemos fazer mais para enfrentar a escala e a urgência da necessidade e compartilhar a carga", afirmou.


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