Os militares continuam intensificando a repressão contra as manifestações contrárias ao golpe de Estado de 1º de fevereiro que depôs Aung San Suu Kyi. Desde o golpe de Estado, a repressão matou mais de 700 civis.
O jornalista independente Yuki Kitazumi foi detido no domingo. Um porta-voz da embaixada japonesa confirmou que ele foi trasladado durante a noite da delegacia para a prisão de Insein.
"Estamos pedindo a Mianmar a rápida libertação. Faremos tudo o possível para proteger os cidadãos japoneses", declarou à imprensa o porta-voz do governo japonês, Katsunobu Kato.
"A embaixada japonesa está trabalhando para saber mais detalhes, como as razões para a sua detenção e prisão", acrescentou.
As autoridades birmanesas asseguraram à embaixada que o jornalista se encontra em bom estado de saúde, enquanto a mídia oficial indicou que foi acusado, sem dar maiores detalhes.
Esta é a segunda vez que Kitazumi é detido desde o golpe de Estado. Em fevereiro, foi agredido e retido brevemente durante um dos protestos.
A imprensa está na alça de mira da junta militar, que tenta controlar a informação, interrompendo o acesso à Internet e revogando as licenças de cinco veículos de imprensa locais.
Ao menos 34 jornalistas e fotógrafos permanecem detidos em Mianmar, segundo o grupo de monitoramento Reporting ASEAN.
YANGON