Em uma mensagem gravada, enviada aos participantes da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que reúne por vídeoconferência 485 bispos, o papa argentino falou da dor e do sofrimento que abala o país devido à morte de milhares de brasileiros.
"Jovens e idosos, pais e mães, médicos e voluntários, ministros sagrados, ricos e pobres: a pandemia não excluiu ninguém em seu rastro de sofrimento", disse o papa.
Desde o início da pandemia, o coronavírus deixou mais de 360.000 mortes no Brasil.
Nas últimas semanas, a crise de saúde se agravou ao ponto de deixar 66.000 vítimas do vírus só no mês de março e uma média de 3.000 mortes diárias na última semana.
O papa convidou os bispos a acompanharem o povo que sofre e a darem "consolo aos corações em luto pelos familiares, que muitas vezes não puderam nem mesmo se despedir de seus entes queridos", disse.
"A caridade nos incita a chorar com os que choram e a estender a mão, principalmente aos mais necessitados, para que voltem a sorrir", acrescentou.
Francisco pediu à igreja para deixar "suas divisões e desacordos" e ser "exemplo de unidade" para superar não só o coronavírus, mas também "os outros vírus que infectam a humanidade".
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