O golpe de Estado de 1º de fevereiro contra Aung San Suu Kyi levou milhares de birmaneses às ruas e provocou greves que paralisaram muitos setores da economia, incluindo o setor médico.
Os generais reprimem cada vez mais duramente o movimento pró-democracia. Mais de 700 pessoas foram assassinadas e mais de 3.000 presas.
Em Mandalay (centro, segunda maior cidade do país), o Exército atacou uma manifestação de trabalhadores da saúde, obrigando os manifestantes a se refugiarem em uma mesquita próxima.
Um homem de 30 anos que vivia próximo ao local morreu e outras duas pessoas ficaram feridas, disse um médico que atendeu os feridos.
De acordo com outro médico que participou da manifestação, seis enfermeiros e médicos foram detidos.
A equipe de saúde está entre os mais envolvidos no movimento de desobediência civil e se recusam a trabalhar há várias semanas. Funcionários e trabalhadores de outros setores seguiram seu exemplo, paralisando bancos, escolas e ferrovias.
De acordo com um jornal estatal, ao menos 20 médicos que participam do movimento de protesto serão processados por tentarem "deteriorar a paz e a estabilidade".
YANGON