A venda, aprovada nas últimas semanas do mandato de Trump depois que os Emirados aceitou normalizar as relações com Israel, inclui 50 caças F-35, 18 drones armados MQ-9 e mísseis ar-ar e ar-terra no valor de 23 bilhões de dólares.
O acordo causou grande alvoroço entre os democratas, que tentaram sem sucesso bloqueá-lo mediante uma votação no Congresso, e o governo Biden anunciou no fim de janeiro que estava "revisando" o acordo.
Uma organização americana, a New York Center for Foreign Policy Affairs (NYCFPA) (NYCFPA), recorreu aos tribunais temendo que o armamento possa ser usado contra a população civil na Líbia e no Iêmen.
"Não fazemos comentários sobre litígios pendentes, mas posso confirmar que o governo tem a intenção de seguir adiante com estas vendas propostas aos Emirados Árabes Unidos", disse à AFP um funcionário do Departamento de Estado, que pediu o anonimato.
"No entanto, continuamos revisando os detalhes e mantemos consultas com funcionários dos Emirados para chegar a um entendimento mútuo sobre as obrigações dos emiradenses antes, durante e depois da entrega", acrescentou.
O funcionário destacou que as armas seriam entregues em vários anos, o que deixará a Washington a possibilidade de mudar de opinião e bloquear o acordo.
Os Emirados Árabes Unidos, juntamente com a Arábia Saudita, fazem parte de uma coalizão militar que apoia o governo iemenita em conflito com os rebeldes huthis apoiados pelo Irã. Na Líbia, os Emirados apoiam o homem forte do leste do país, Khalifa Haftar, adversário do governo.
WASHINGTON