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Estado de Minas YANGON

Enviada da ONU vai à Ásia tratar da situação em Mianmar


09/04/2021 10:38 - atualizado 09/04/2021 10:38

A enviada da ONU para Mianmar, Christine Schraner Burgener, fará uma viagem diplomática pela Ásia para buscar uma saída para a crise deflagrada pelo golpe neste país.

Nesta sexta-feira (9) , o número de mortos na repressão militar no país superou a marca de 600.

A viagem de Christine acontece em um contexto de crescente preocupação na comunidade internacional com a situação em Mianmar, cenário de manifestações diárias desde o golpe militar de 1º de fevereiro que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi.

A diplomata suíça Christine Schraner Burgener deve chegar à Tailândia nos próximos dias, país vizinho de Mianmar, no âmbito de uma visita à região que também a levará, em princípio, à China. Pequim é uma tradicional aliada das Forças Armadas birmanesas.

Os detalhes de sua viagem ainda não foram divulgados.

Mas ela não será recebida em Mianmar, para onde tenta viajar há mais de dois meses para uma reunião com os generais.

"Não permitimos isto. E não temos nenhuma intenção de permitir agora", declarou nesta sexta-feira à AFP o porta-voz da junta, Zaw Min Tun.

Pelo menos 614 civis foram mortos desde 1º de fevereiro em ações das forças de segurança para reprimir as manifestações pró-democracia em Mianmar, segundo a Associação para Assistência a Presos Políticos (AAPP). Este total pode ser muito pior. Mais de 2.800 pessoas foram presas, e muitas outras estão desaparecidas.

Na manhã desta sexta-feira, a violência voltou a afetar o país. De acordo com socorristas, pelo menos quatro pessoas morreram quando as forças de segurança destruíram barricadas de pessoas que protestavam contra o regime militar na cidade de Bago (também chamada de Pegu), 65 km a nordeste de Yangon.

Desde 1º de fevereiro, a enviada da ONU exige um encontro com os generais, mas não recebeu autorização para viajar a Mianmar. Com o apoio do Conselho de Segurança, também pretende se reunir com líderes civis detidos, entre eles, o presidente Win Myint e a líder deposta Aung San Suu Kyi.

"Evidentemente, está disposta a retomar o diálogo com os militares para contribuir para o retorno de Mianmar para a via democrática, da paz e da estabilidade", declarou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, na quinta-feira (8).

Ao ser questionado sobre se o contato com a junta estava rompido, respondeu que seguia por escrito, mas que, há semanas, não acontecem conversas por telefone.

A enviada "começará sua viagem por Bangcoc, onde se reunirá com as autoridades, os responsáveis da ONU na região e embaixadores acreditados em Mianmar", afirmou Dujarric.

"Conforme destacado em diferentes oportunidades, uma resposta internacional sólida para a crise atual em Mianmar precisa de um esforço regional unificado que envolva os países vizinhos que podem exercer uma influência sobre a estabilidade" birmanesa, completou o porta-voz.

A ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) planeja realizar uma cúpula sobre Mianmar no final do mês.


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