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Estado de Minas MOSCOU

Navalny, em greve de fome, perde sensibilidade nas mãos, segundo advogados


07/04/2021 14:52

O opositor russo Alexei Navalny, preso em uma colônia penitenciária, doente e em greve de fome, perdeu a sensibilidade nas mãos e sua saúde piorou, disseram seus advogados nesta quarta-feira (7).

Navalny, de 44 anos, anunciou em 31 de março que decidiu parar de se alimentar para protestar contra suas condições de detenção no campo No. 2 de Pokrov, 100 km a leste de Moscou, que é considerado um dos mais severos do país.

O ativista anticorrupção acusa a administração penitenciária de negar-lhe acesso a um médico e "torturá-lo" ao acordá-lo à noite. E já havia afirmado que sofria de fortes dores nas costas e perdido a sensibilidade nas pernas.

Sua advogada, Olga Mikhailova, que o visitou nesta quarta, disse à AFP que ele continua com a greve de fome, apesar de estar com tosse e febre.

"Sua aparência é ruim e não está se sentindo bem. Ninguém pretende curá-lo", declarou, especificando que o opositor pesa agora 80 quilos, cinco a menos do que quando iniciou a greve de fome.

Outro de seus advogados, Vadim Kobzev, declarou no Twitter que o adversário perde "um quilo todos os dias" e que sente dores ao caminhar.

"A doença está progredindo claramente em termos de perda de sensibilidade nas pernas (...), nas mãos", escreveu ele.

Neste contexto, o governo dos Estados Unidos expressou hoje preocupação com os relatos de deterioração da saúde do opositor.

"Estamos preocupados com os relatos de que a saúde de Navalny está piorando", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, acrescentando que Washington considera a prisão do adversário como "politicamente motivada e grosseiramente injusta".

Parente e amigos de Navalny exigem que ele seja transferido para um hospital.

A preocupação de seus apoiadores é ainda maior porque o opositor sobreviveu por pouco a um envenenamento em agosto, pelo qual culpou o Kremlin.

Um grupo de médicos, incluindo a médica pessoal de Navalny, Anastasia Vasilieva, se reuniu em frente à colônia de Pokrov na terça-feira para exigir informações sobre sua saúde, mas a polícia os prendeu.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, considerou que Alexei Navalny é um prisioneiro como qualquer outro e que não deve beneficiar de nenhum tratamento favorável.

Navalny voltou à Rússia em janeiro, após cinco meses de convalescença na Alemanha, e foi imediatamente preso e condenado a dois anos e meio de prisão por um antigo caso de fraude que ele considera político.

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