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Estado de Minas HAIA

Vacina da AstraZeneca passa em testes na Europa enquanto Opas se preocupa com a América do Sul


07/04/2021 19:23 - atualizado 07/04/2021 19:25

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reafirmou nesta quarta-feira (7) seu apoio à vacina da AstraZeneca, apesar de seus "raros" efeitos colaterais, segundo especialistas, como os coágulos sanguíneos, enquanto a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou a preocupante situação da pandemia na América do Sul.

Os coágulos sanguíneos despertaram uma onda de inquietação, especialmente na Europa, em grande parte por causa das próprias contradições das autoridades.

"Devemos falar em uma só voz na UE para melhorar a confiança nas vacinas", disse a comissária europeia de Saúde, Stella Kyriakides, para quem o sistema de vigilância de medicamentos "funciona".

Países como Canadá, França, Alemanha e Holanda recomendaram não usar essa vacina em jovens, após a detecção de coágulos. A Itália reserva seu uso para maiores de 60 anos e a Bélgica para maiores de 55 anos.

De acordo com a EMA, até 4 de abril foram detectados 222 casos de trombose atípica após 34 milhões de inoculações desse medicamento em 30 países do Espaço Econômico Europeu (UE, Islândia, Noruega, Liechtenstein).

A reguladora europeia afirmou que os coágulos sanguíneos são um efeito colateral "muito raro", encorajando os países a continuarem a usar o imunizante, já que o balanço entre riscos e benefícios segue sendo "positivo".

A diretora-executiva da EMA, Emer Cooke, destacou que esses coágulos podem ser uma resposta imunológica, embora "não tenha sido possível confirmar fatores de risco específicos como idade, sexo, ou histórico médico".

Ao mesmo tempo, o comitê científico que assessora o governo britânico recomendou que o imunizante da AstraZeneca seja usado apenas em pessoas com mais de 30 anos, como "precaução".

De acordo com a reguladora britânica de medicamentos, dos 79 casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas relatados no Reino Unido, 19 foram fatais.

A AstraZeneca celebrou os relatórios dos reguladores europeus e britânicos reafirmando que "a vacina oferece proteção de alto nível contra todas as formas graves de covid-19."

Desenvolvida pelo laboratório sueco-britânico e a Universidade de Oxford, a vacina foi administrada em pelo menos 111 países, à frente da (67 países), ou da Moderna (pelo menos 39 países).

- Recordes na América Latina -

Do outro lado do Atlântico, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou o "preocupante" aumento das infecções por covid-19 na América do Sul, lembrando que, na última semana, Brasil e Argentina estiveram entre os dez países com maior número de novas infecções.

Em todo mundo, as campanhas de vacinação estão avançando em ritmo desigual, enquanto novas ondas da covid-19 atingem vários países, principalmente com variantes mais agressivas do vírus.

A pandemia deixa mais de 2,8 milhões de mortos em todo o mundo.

Na América Latina, já foram registradas 805.865 mortes (em mais de 25,5 milhões de infecções).

É a segunda região com mais vítimas fatais causadas pelo coronavírus, atrás apenas da Europa (978.685 óbitos), segundo estimativas da AFP baseadas em fontes oficiais.

O Brasil é de longe o país mais atingido, com mais de 336.947 mortes, superado apenas pelos Estados Unidos com cerca de 555.000.

O gigante sul-americano, de 212 milhões de habitantes, registrou na terça-feira, pela primeira vez, mais de 4.000 mortes em 24 horas.

O instituto Fiocruz alertou que, sem o "remédio amargo" das medidas de confinamento, "a pandemia pode permanecer em níveis críticos em abril".

Na região, a Argentina também teve um pico sem precedentes, com 20.870 novas infecções diárias.

O Chile, onde a crise de saúde levou ao adiamento por cinco semanas da eleição de prefeitos e parlamentares, aprovou o uso emergencial da vacina chinesa CanSino.

- Restrições e "pressão" -

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira que apoia a ideia de aplicar um "confinamento curto" em toda Alemanha.

Ontário, a província mais populosa do Canadá com 14 milhões de habitantes, declarou estado de emergência e será confinada novamente por um mês a partir de quinta-feira, na tentativa de conter a terceira onda de infecções.

Enquanto isso, a Índia, que registrou um recorde de quase 116.000 novos casos de coronavírus nesta quarta-feira, um recorde, decidiu impor toques de recolher em 20 cidades, incluindo a capital, Nova Delhi.

O Serum Institute (SII) daquele país - maior fabricante mundial de vacinas anticovid - alertou que precisará de mais recursos do governo indiano por causa das restrições às exportações.

A pressão colocou a capacidade de produção do SII "sob muito estresse, para ser franco", disse o CEO da empresa, Adar Poonawalla.

Já o grupo francês Delpharm começou nesta quarta-feira a envasar a vacina em uma fábrica localizada 90 quilômetros a oeste de Paris.

E na Austrália, que recebeu apenas 700.000 doses da vacina de um pedido de 3,8 milhões, o primeiro-ministro Scott Morrison culpou a União Europeia pelos atrasos na campanha de vacinação.

No mundo inteiro, mais de 692 milhões de doses da vacina anticovid foram administradas, de acordo com um balanço da AFP, embora a maioria das doses esteja concentrada em um punhado de países.

E ainda há fraudes: dois rapazes de trinta e poucos anos conseguiram se vacinar na Cidade do México depois de se disfarçarem de idosos.

Eles foram descobertos e estão presos, disseram autoridades da capital nesta quarta-feira.

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