O material inclui arquivos do ex-presidente François Mitterrand e de seu primeiro-ministro da época, Edouard Balladur.
Vários documentos, sobretudo telegramas diplomáticos e notas confidenciais, integraram um relatório devastador sobre o papel da França em Ruanda na época, publicado por uma comissão de historiadores em março.
O chamado relatório Duclert traçou um balanço sem concessões do envolvimento militar e político da França no genocídio, que entre abril e julho de 1994 deixou pelo menos 800.000 mortos, em sua maioria tutsis, exterminados em circunstâncias abomináveis, segundo a ONU.
O informe destaca sobretudo a responsabilidade de Mitterrand e de seus colaboradores mais próximos, que ignoraram as informações e advertências sobre os crimes em larga escala que poderiam ser cometidos.
Nesta quarta-feira estão programadas diversas cerimônias na França para recordar o 27º aniversário do início do genocídio.
Apesar de uma relação melhor entre os dois países nos últimos anos, especialmente após a chegada de Emmanuel Macron à presidência em 2017, o papel da França no genocídio é um tema que ainda gera tensões.
PARIS