Asa Hutchinson, governador desse estado - banhado pelo rio Mississippi e conhecido por seu conservadorismo cristão - denunciou o texto que, segundo ele, causa "muita interferência das autoridades" na saúde das pessoas.
"O Estado não deve reivindicar o direito de interferir em todas as questões médicas, humanas e éticas", afirmou a repórteres.
Com essa lei, o Arkansas teria se tornado o primeiro estado do país a proibir um menor que não se identifique com seu gênero de nascimento de se submeter a tratamentos ou operações hormonais. Uma legislação semelhante foi proposta em vários outros estados, incluindo no Alabama.
A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) comemorou a notícia em relação a um projeto de lei que chamou de "perigoso", mas também pediu que não se baixasse a guarda, já que a legislatura de maioria republicana do Arkansas ainda tem a capacidade de anular o veto.
O governador do Arkansas declarou que o projeto foi resultado da "guerra cultural" que atualmente divide os Estados Unidos.
Hutchinson, no entanto, ratificou vários projetos de lei que, segundo os críticos, limitam os direitos dos transexuais.
O texto mais recente visa proibir as mulheres transexuais de competir em esportes femininos. A questão preocupa muitos conservadores americanos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre o assunto, emitindo uma ordem executiva em seu primeiro dia de mandato para "prevenir e combater a discriminação com base na identidade de gênero ou orientação sexual".