Em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro sudanês Abdullah Hamdok, Blinken expressou "a necessidade de diminuir as tensões entre o Sudão e a Etiópia sobre a área de fronteira de Al Fashaga, incluindo compromissos recentes de iniciar um diálogo para resolver a questão", informou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
Esta zona fértil, reivindicada por ambos os países, tem visto uma escalada das hostilidades com o envio de tropas do Sudão, o que a Etiópia considera uma invasão.
As fazendas fazem fronteira com a região etíope do Tigré, onde Addis Abeba lançou uma ofensiva contra os líderes locais em novembro, forçando cerca de 60.000 refugiados a fugir para o Sudão.
Os Estados Unidos têm criticado cada vez mais a Etiópia, um aliado de longa data, e Blinken afirmou anteriormente que a campanha no Tigre envolve "limpeza étnica".
As relações de Washington com o Sudão, no entanto, melhoraram consideravelmente desde que Hamdok, um civil, assumiu o poder em um governo de transição após a derrubada do ditador Omar al Bashir.
O Sudão pagou na semana passada US$ 335 milhões em indenização às vítimas dos ataques do grupo extremista Al Qaeda, em 1998.
O secretário de Estado também discutiu as últimas tentativas de impulsionar a diplomacia na Grande Barragem de Renascimento na Etiópia, que Addis Abeba está realizando, apesar dos protestos do Sudão e do Egito, que dependem fortemente da água do Nilo.
As negociações lideradas pelos Estados Unidos, durante o governo do ex-presidente Donald Trump, não chegaram a uma resolução. Os Emirados Árabes Unidos recentemente se ofereceram para mediar.
WASHINGTON