O estudo da Ipsos para o jornal El Comercio confirma as previsões que garantem que a eleição será apertada e nenhum dos 18 candidatos ganhará a presidência no domingo, 11 de abril, portanto haverá um segundo turno no dia 6 de junho.
A distância entre o primeiro e o sétimo candidato é de apenas 4,0 pontos.
Em quarto lugar estão empatados, com 8%, o ex-jogador de futebol George Forsyth (centro-direita) e Keiko Fujimori (populista direita).
O candidato da extrema-direita Rafael López Aliaga caiu três posições e ficou em sexto, ao lado do esquerdista Pedro Castillo, ambos em 6%.
Lescano caiu cinco pontos em relação ao levantamento anterior de março, enquanto De Soto (+5 pontos) e Mendoza (+3) são os que se recuperam e tornam imprevisível o final.
"Considerando a margem de erro, a situação é de um empate estatístico virtual entre todos eles", escreveu o chefe da Ipsos no Peru, Alfredo Torres, sobre os candidatos que aparecem nos cinco primeiros lugares.
"O Peru enfrenta em uma semana a eleição mais fracionada de sua história", destacou o representante da Ipsos no El Comercio.
Os peruanos devem ir às urnas no próximo domingo para eleger o sucessor do presidente interino Francisco Sagasti e renovar o Congresso, de 130 membros, enquanto a pandemia não dá trégua.
No Peru, mais de 1,5 milhão de pessoas foram infectadas, com mais de 52.000 mortes. Houve um recorde de 294 mortes diárias no sábado e quase 13.000 infecções na quinta-feira, mas as autoridades descartaram o adiamento da votação.
Na pesquisa anterior da Ipsos, publicada em 14 de março, Lescano liderava os votos com 15%, seguido por Forsyth (10%) e López Aliaga (8%).
O estudo da Ipsos consultou 1.505 cidadãos em suas residências nas 25 regiões do país, com margem de erro de 2,5%.
Os mercados sentiram os efeitos da incerteza eleitoral e a taxa de câmbio subiu para um recorde de quase 3,8 soles.
LIMA