Kamala, designada na semana passada pelo presidente Joe Biden para trabalhar com México, Guatemala, El Salvador e Honduras e discutir as principais causas do fluxo de migrantes para os Estados Unidos, destacou os esforços de Giammattei "para garantir a fronteira sul da Guatemala".
Durante o telefonema, Kamala e Giammattei falaram sobre os riscos de empreender "a viagem perigosa até os Estados Unidos, principalmente durante uma pandemia", e concordaram em colaborar visando a "criar as condições para ampliar as oportunidades para as pessoas em seus países de origem".
Segundo o gabinete de Kamala, a vice-presidente reafirmou ao guatemalteco o compromisso do governo americano de "expandir as alianças para beneficiar os habitantes da região. Eles concordaram em explorar oportunidades inovadoras para a criação de empregos e a melhora das condições de todas as pessoas na Guatemala e na região, inclusive mediante a promoção da transparência e a luta contra a criminalidade."
Guatemala e México lançaram no fim de semana uma operação conjunta com militares e policiais para deter os migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos. Ainda assim, 300 hondurenhos partiram hoje em uma nova caravana rumo ao país. Desde 2018, mais de uma dezena de caravanas saíram de Honduras em direção ao norte.
A maioria dos migrantes diz fugir da violência e da pobreza, situação que se agravou em 2020, com a passagem de dois furacões e a pandemia. Cerca de 100 mil pessoas foram detidas no mês passado na fronteira sul dos Estados Unidos, um aumento de 28% em relação a janeiro. O governo americano espera em 2021 a maior chegada de migrantes dos últimos 20 anos.
WASHINGTON