Bosco Ntaganda, apelidado de "Exterminador", apelou após sua condenação em 2019 por 18 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo crimes sexuais, massacres, perseguições e transferência forçada da população civil.
Os magistrados rejeitaram todos os recursos da sentença, a mais dura já proferida pelo TPI, com sede em Haia e criado em 2002.
A câmara de apelações do TPI "confirma por maioria a condenação" e "confirma a sentença de primeira instância", disse o juiz Howard Morrisson.
A sentença é "agora definitiva", informou o TPI em um comunicado publicado no final da audiência.
Ntaganda, um general do exército da RDC, que tinha a reputação de ser um líder carismático, sempre afirmou ser um "revolucionário" e não um criminoso, rejeitando seu apelido de "Exterminador".
No início de março, o Tribunal Penal Internacional definiu o valor das indenizações concedidas às vítimas de Ntaganda em US$ 30 milhões.
Em sua decisão em primeira instância, os juízes descreveram o papel de Bosco Ntaganda como decisivo nos crimes cometidos por suas tropas em 2002 e 2003 em Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo.
Segundo as ONGs, mais de 60.000 pessoas perderam a vida em Ituri.
HAIA