Jornal Estado de Minas

MOSCOU

Rússia multiplica manobras militares no Ártico

A Rússia está realizando exercícios militares no Ártico esta semana, uma região estratégica onde multiplicou sua presença nos últimos anos e onde seus interesses se opõem aos de outros países.



As últimas manobras começaram na segunda-feira (29) e devem durar "vários dias", segundo o Ministério russo da Defesa.

As operações incluem uma simulação da destruição de um avião com sistemas antiaéreos Pantsir-S1, o abastecimento em voo de caças MiG-31 e a neutralização de um ataque de drones, suprimindo seus sinais de controle.

Na sexta-feira, já houve um exercício naval em que três submarinos com propulsão nuclear emergiram do gelo ártico, algo sem precedentes na história da Rússia pós-soviética, de acordo com as Forças Armadas.

Para o almirante russo reformado Viktor Kravtshenko, questionado pela agência de notícias Interfax na sexta-feira, "trata-se de um treinamento de combate intensivo usual, mas também é um sinal para nossos amigos estrangeiros, os americanos".

"Está claro que o objetivo era dizer: não tente controlar os mares do Norte, já estamos aqui há muito tempo", completou.

O presidente Vladimir Putin fez da exploração econômica do Ártico uma prioridade estratégica, especialmente por meio da criação de uma rota marítima pela costa do norte para unir Europa e Ásia.

Cada vez mais possível, em função das mudanças climáticas e do degelo, esta rota ganhará importância no longo prazo nas trocas internacionais.

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