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Estado de Minas CAIRO

Acidente ferroviário deixa ao menos 32 mortos no Egito


26/03/2021 17:12 - atualizado 26/03/2021 17:15

Ao menos 32 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas nesta sexta-feira (26) em uma colisão de dois trens de passageiros em Sohag, no sul do Egito, informou o ministério da Saúde.

"Trinta e dois cidadãos morreram (...) na colisão de dois trens em Tahta, no departamento de Sohag", 460 km ao sul do Cairo, afirma o ministério em um comunicado.

Dezenas de ambulâncias foram mobilizadas para transportar os feridos para hospitais e reforços médicos foram enviados do Cairo, segundo o ministério.

Por sua vez, a ministra da Saúde, Hala Zayed, disse em entrevista coletiva na noite de sexta-feira que o acidente causou 165 feridos, 70% dos quais com fraturas.

O primeiro-ministro Mustafa Madbuly anunciou que o presidente egípcio Abdel Fatah al Sisi ordenou que a indenização para as vítimas e suas famílias fosse "dobrada", ou seja, 100.000 libras egípcias (5.400 euros, US$ 6.300) para cada família com um parente falecido.

Para os feridos, a indenização varia de 20.000 libras (1.080 euros, 1.270 dólares) a 40.000 libras (2.160 euros, 2.500 dólares).

Um vídeo filmado perto do local do acidente e divulgado pela imprensa local mostra diversos vagões tombados, perto de um canal.

O Egito registra muitos acidentes rodoviários e ferroviários, provocados por falta de respeito às regras de trânsito, veículos antigos e estradas e ferrovias em péssimo estado.

Várias emissoras de televisão egípcias transmitiram nesta sexta-feira imagens aparentemente feitas por telefones celulares em que é possível ver uma multidão e equipes de resgate movimentando-se no meio dos vagões tombados e escombros espalhados.

De acordo com um comunicado da autoridade ferroviária egípcia, o trem Luxor-Alexandria e o trem Aswan-Cairo colidiram depois que indivíduos não identificados "acionaram em vários vagões o freio de emergência" em um dos dois trens.

A colisão, que resultou no tombamento de pelo menos dois vagões, ocorreu "entre as estações de Maragha e Tahta", disse a mesma fonte, sem maiores detalhes.

- Investigação aberta -

A Promotoria, por sua vez, anunciou em um comunicado a abertura de uma investigação para determinar as causas do acidente.

Após o acidente, o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sissi anunciou a substituição do ministro dos Transportes, Hisham Arafat, um civil, por um general, Kamel el Wazir.

O presidente também prometeu uma "sanção dissuasiva" para qualquer pessoa considerada responsável pela colisão.

"Qualquer pessoa que causou este doloroso acidente por negligência ou corrupção ou por qualquer outro motivo deve receber uma sanção dissuasiva, sem exceção ou demora", escreveu Sissi em seu Twitter.

Além disso, uma cúpula que seria realizada na sexta-feira em Bagdá, onde Al-Sisi se reuniria com os líderes do Iraque e da Jordânia, foi cancelada por causa do acidente.

A colisão desta sexta-feira em Sohag ocorre no momento em que o Egito enfrenta outro grande desafio de transporte: um navio cargueiro de 400 metros de comprimento bloqueia o Canal de Suez, uma rota crucial para o transporte marítimo internacional no leste do país.

A tragédia ferroviária mais mortal da história do país aconteceu em 2002, quando um incêndio em um trem matou 370 pessoas no sul do Cairo.


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