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Estado de Minas LONDRES

Londres condena sanções de Pequim contra deputados britânicos


26/03/2021 08:16

O governo britânico condenou, nesta sexta-feira (26), as sanções impostas por Pequim a várias personalidades e entidades do país, sinalizando o desejo das autoridades chinesas de silenciar aqueles que denunciam violações dos direitos humanos.

"Os deputados e outros cidadãos britânicos sancionados pela China hoje estão desempenhando um papel fundamental ao lançar luz sobre as graves violações dos direitos humanos perpetradas contra os muçulmanos uigures", tuitou o primeiro-ministro Boris Johnson.

"A liberdade de se opor aos abusos é fundamental e eu os apoio fortemente", acrescentou.

Pouco antes, seu ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, havia condenado "as tentativas da China de silenciar aqueles que denunciam os abusos dos direitos humanos em seu país e no exterior".

Depois que o Reino Unido impôs, na segunda-feira, sanções - juntamente com a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá - contra várias autoridades chinesas pelo tratamento da minoria uigur, Pequim anunciou medidas contra nove personalidades britânicas, incluindo deputados de destaque, e quatro entidades acusadas de "espalhar mentiras" sobre os direitos humanos na região de Xinjiang.

As personalidades afetadas e suas famílias não poderão entrar em solo chinês, nem mesmo em Hong Kong ou Macau. Seus eventuais ativos na China também estão congelados e os cidadãos chineses não poderão fazer negócios com elas.

Pequim havia anunciado sanções semelhantes no começo da semana contra 10 personalidades da UE, entre elas membros do Parlamento Europeu, bem como quatro entidades.

"Enquanto o Reino Unido se une à comunidade internacional para sancionar os abusos dos direitos humanos, o governo chinês sanciona seus críticos", denunciou o chefe da diplomacia britânica.

"Se Pequim quer refutar com credibilidade os abusos dos direitos humanos em Xinjiang, deve permitir ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos total acesso para verificar a verdade", acrescentou.

Entre os objetos de sanções de Pequim estão a Comissão de Direitos Humanos do Partido Conservador de Johnson, o ex-chefe dessa formação Iain Duncan Smith e o deputado Tom Tugendhat, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns.

"É nosso dever denunciar as violações dos direitos humanos pelo governo chinês em Hong Kong e o genocídio dos uigures", reagiu Iain Duncan Smith no Twitter.

"Se isso trouxer a ira da China sobre mim, usarei este distintivo como uma honra", lançou.

"O Reino Unido adota sanções contra as pessoas que violam os direitos humanos dos cidadãos chineses. A China aplica sanções às pessoas que defendem os direitos humanos dos cidadãos chineses. O contraste é claro", disse Tugendhat.

A parlamentar conservadora Nusrat Ghani, também na lista de Pequim, considerou a ação como "um chamado para despertar todos os países democráticos".

"Eu sei que não serei intimidada e essas sanções me deixam ainda mais determinada a falar sobre os uigures", concluiu.

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