Em volume, a venda de crus franceses ao exterior também caíram, quase 5%, a 13,6 milhões de hectolitros.
Mesmo antes da pandemia de covid-19, o ano de 2020 começou com um "contexto difícil" devido ao efeito Brexit que levou à formação em 2019 grandes estoques no Reino Unido diante da perspectiva da saída do país da União Europeia (UE), o que ocorreu em 31 de janeiro de 2020, explicou em videoconferência Audrey Laurent, encarregada de estudos econômicos da FranceAgriMer.
A isto se somaram as elevadas tarifas alfandegárias americanas sobre os vinhos europeus, impostas pelo governo Trump a partir de outubro de 2019, como consequência de uma disputa comercial não resolvida vinculada às ajudas públicas aos grupos Airbus e Boeing.
O governo Biden decidiu no começo de março suspender estas tarifas por quatro meses para alívio da indústria vitivinícola francesa.
Em 2020, a crise da covid-19, que levou a impor restrições sanitárias em todas as partes, inclusive o fechamento de bares e restaurantes em quase todo o mundo, teve um impacto importante nas exportações de vinhos franceses, tradicionalmente bem posicionados neste canal de distribuição.
O champanhe foi particularmente afetado por estes fatores(-20% em valor, -17% em volume). Da mesma forma, a importação de vinhos estrangeiros para a França também diminuiu (710 milhões de euros, -11% em valor e -13% em volume).
PARIS