Vestido com um traje púrpura de prisioneiro e uma máscara para se proteger da covid-19, Ahmad Al Aliwi Alissa, de 21 anos, ouviu o juiz Thomas Mulvahill ler seus direitos, a quem respondeu um "sim" conciso para indicar que compreendia o que lhe estava sendo dito.
Vindo de uma família de imigrantes sírios, Alissa foi acusado pelo assassinato a tiros de dez pessoas na segunda-feira em uma empresa em Boulder, no oeste dos Estados Unidos.
"Iremos apresentar acusações adicionais nas próximas semanas", afirmou um representante do Ministério Público perante o juiz.
A advogada do réu pediu o adiamento da próxima audiência para ter tempo de "avaliar a saúde mental" de seu cliente.
"Não podemos começar a avaliar a natureza e a profundidade da doença mental de Alissa até que tenhamos as evidências coletadas pelo governo", ressaltou.
Alguns familiares do acusado, cujos motivos do ataque são desconhecidos, argumentam que ele era "paranoico" e "sofria de transtornos mentais".
Ele é acusado de ter aberto fogo no estacionamento do supermercado King Soopers e dentro da loja, matando dez pessoas, incluindo um policial que chegou como reforço.
O atacante foi preso após ser ferido na perna.
O tiroteio, que ocorreu logo após outro ataque a spas em Atlanta e seus arredores, que deixou oito mortos, reacendeu o debate recorrente nos Estados Unidos sobre armas de fogo.
Após essas tragédias, o presidente democrata Joe Biden pediu a proibição de rifles de assalto e medidas de "bom senso" para regulamentar melhor a compra e o porte de armas.
No entanto, parece improvável, nesta fase, que ele possa contar com a vontade do Congresso para essa causa.
LOS ANGELES