Em um contexto, no qual o envelhecimento da população mundial se acelera, principalmente nos países com poucos recursos, é "indispensável" agir "a partir de hoje" neste grupo, adverte a instituição com sede em Viena em seu relatório anual.
Entre as medidas que podem ser implementadas, a JIFE destaca melhorar "a busca e coleta de dados" sobre o assunto, já que existem "várias lacunas".
"Os cientistas têm ignorado o uso de substâncias pelas pessoas maiores de 65 anos", diz o texto, uma falta de informação que levou os governos a esquecer deste problema e não criar programas adaptados.
Os dados disponíveis atualmente apontam uma "tendência alarmante".
Nos Estados Unidos, o uso da maior parte dos remédios na faixa dos maiores de 65 anos triplicou nos últimos dez anos.
Na Índia e na Nigéria, as pessoas de 45 a 64 anos consomem em excesso medicamentos opioides e xaropes contra a tosse, enquanto no Japão os tratamentos contra os problemas de insônia e a ansiedade "são receitados desproporcionalmente aos idosos".
Entre as pessoas de idade avançada, a JIFE revela o "problema crescente" da "polimedicação", que corresponde a pelo menos cinco medicamentos - com ou sem receita - ou drogas ilegais por dia.
Este uso pode gerar problemas respiratórios, degenerativos, doenças no fígado, diabetes e problemas crônicos de saúde mental, segundo o relatório.
VIENA