"As condições de vida em Mianmar estão se deteriorando e correm o risco de piorar, se a comunidade internacional não responder imediatamente e de forma vigorosa", afirmou Andrews em um comunicado.
As sanções impostas por alguns Estados "não bloquearam o acesso da junta a fundos que permitam apoiar suas atividades ilegais, e a lentidão da diplomacia não está em consonância com a magnitude da crise", insistiu.
Este sistema de sanções graduais "deve ser substituído por uma ação categórica, incluindo uma ofensiva diplomática", defende o especialista norte-americano.
A junta está tentando por todos os meios conter o vento de rebelião democrática que sopra em todo país.
Quase 290 civis foram assassinados desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro, que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi, afirma a Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP). Este número de vítimas pode ser muito maior, já que centenas de detidos estão desaparecidos.
Andrews ressaltou que recebe relatos de que Mianmar corre o risco de chegar a uma situação ainda mais descontrolada.
Ele defendeu que se busque uma "solução diplomática seletiva", que inclua organizar uma cúpula de emergência junto aos países vizinhos de Mianmar e aqueles de grande influência na região, como Estados Unidos, China e o bloco da União Europeia (UE).
Esta cúpula deve convocar - completou - "todas as partes interessadas, o que inclui os parlamentares legitimamente eleitos e destituídos ilegalmente, que criaram o Comitê que representa o Pyidaungsu Hluttaw (CRPH)", um Parlamento paralelo integrado por legisladores eleitos entraram para a clandestinidade.
Tom Andrews enfatizou a "necessidade de se agir com rapidez".
GENEBRA