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Estado de Minas LONDRES

Universidade escocesa devolverá escultura espoliada da Nigéria


25/03/2021 07:30

A Universidade de Aberdeen, na Escócia, anunciou nesta quinta-feira (25) que devolverá para a Nigéria uma escultura de bronze de Benin saqueada por soldados britânicos no século XIX, em meio a debates na Europa sobre a devolução destes tesouros culturais.

Milhares de esculturas de metal e marfim foram espoliadas pelas forças britânicas em 1897, durante a destruição da cidade de Benin, na atual Nigéria. As obras de arte foram vendidas para colecionadores e museus.

A escultura de bronze a ser devolvida representa um Oba (rei) do Benin e foi adquirida pela universidade em 1957, em um leilão.

"Não teria sido correto conservar um objeto de tamanha importância cultural que foi adquirido em circunstâncias tão condenáveis. Portanto, decidimos que a ação mais apropriada seria o retorno incondicional", disse o professor George Boyne, diretor e vice-reitor da Universidade de Aberdeen, em um comunicado.

O ministro nigeriano da Informação e Cultura, Lai Mohamed, saudou o anúncio como "um passo na direção certa".

"Outros detentores de antiguidades nigerianas deveriam imitá-lo", acrescentou, na mesma nota.

Na Europa, a maioria das ex-potências coloniais se questiona há vários anos sobre a reapropriação de seu patrimônio por parte dos antigos países colonizados.

A Alemanha estudará a restituição de centenas de bronzes do Benin, que se encontram em seus museus e que são fruto de saques que remontam à época colonial, informou uma das principais instituições culturais do país na quarta-feira (24).

O Museu Britânico se mostrou favorável à devolução de algumas das obras à Nigéria, mas na condição de empréstimo. Esta possibilidade, um empréstimo de muito longo prazo, também está sendo contemplada para o moái Hoa Hakananai'a, de grande valor espiritual para a Ilha de Páscoa, um território polinésio chileno situado no Pacífico Sul.

A Nigéria quer construir um novo museu para expor os preciosos bronzes. A futura instalação deve estar concluída até ao final de 2024, na cidade do Benin. Conta com um financiamento inicial de cerca de 4 milhões de dólares, do qual o Museu Britânico participa.


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