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Estado de Minas BRUXELAS

Biden deve tentar revitalizar relacionamento com UE durante cúpula virtual


23/03/2021 17:33 - atualizado 23/03/2021 17:40

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participará na quinta-feira da cúpula dos líderes europeus que será realizada por videoconferência, em um primeiro passo para revitalizar a relação entre Washington e Bruxelas após as tensões geradas por Donald Trump.

"Convidei o presidente dos Estados Unidos para nossa reunião para que compartilhe sua visão sobre nossa futura cooperação", anunciou nesta terça (23) o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, no Twitter.

"É hora de reconstruir nossa aliança transatlântica", acrescentou.

Seu porta-voz acrescentou que a participação de Biden ocorrerá na noite de quinta-feira em Bruxelas.

Simultaneamente, a Casa Branca informou que Biden conversará com os líderes europeus sobre "seu desejo de revitalizar as relações entre a UE e os EUA, trabalhar juntos para combater a pandemia e a mudança climática".

"Também discutirá interesses compartilhados de relações internacionais, incluindo China e Rússia", informou a Casa Branca.

Os líderes europeus terão dois dias de conversas em uma cúpula realizada virtualmente devido à pandemia.

No primeiro dia, os líderes europeus vão discutir o andamento das campanhas de vacinação no bloco, e a sessão de sexta-feira terá como foco questões de relações internacionais e segurança.

No entanto, o convite e a participação de Biden na cúpula dos líderes europeus representa uma oportunidade para as partes reconstruírem as relações entre elas.

- Superar tensões -

Durante o mandato de Trump, Washington e Bruxelas envolveram-se na escalada de tarifas de exportação e em amargas disputas sobre questões fiscais e de gastos com defesa.

O novo governo dos Estados Unidos, porém, não esconde sua intenção de reconstruir esse diálogo.

O novo secretário de Estado americano, Anthony Blinken, participou pessoalmente na terça-feira de uma reunião na sede da OTAN com ministros das Relações Exteriores dessa aliança militar.

Na quarta-feira, Blinken tem na agenda reuniões com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell.

A primeira viagem de Biden à Europa está prevista para acontecer na cúpula do G7 na Cornuália, Inglaterra, de 11 a 13 de junho.

A Otan, que fará uma cúpula na mesma semana, já convidou Biden para participar do encontro. O governo Biden quer alinhar uma frente comum com os países europeus para conter a influência da Rússia e da China.

Na segunda-feira, Washington e Bruxelas mostraram essa coordenação ao anunciar sanções contra autoridades chinesas.

Pequim reagiu com raiva às sanções da UE e publicou sua própria lista de medidas restritivas contra cidadãos europeus.

No entanto, o ruído que surgiu na comunicação entre os Estados Unidos e a UE durante a administração de Trump levou vários países europeus a defender uma posição estratégica mais independente por parte do bloco.

A iniciativa de Biden de reaproximar Washington de Bruxelas, no entanto, já produziu resultados concretos.

As partes concordaram em março em suspender as tarifas punitivas recíprocas aplicadas por causa do conflito interminável entre os gigantes aeronáuticos Boeing e Airbus, que se arrastou por nada menos que 16 anos.


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