"Com o segundo teste negativo realizado em 21 de março no último paciente de ebola tratado, a contagem regressiva de 42 dias começou neste 22 de março de 2021", disse o escritório da OMS na RDC.
Este período de 42 dias corresponde ao dobro do período máximo médio de incubação do vírus.
Desde o reaparecimento da epidemia em 7 de fevereiro na província oriental de Kivu Norte, foi registrado um total de 12 casos, com seis mortes e 1.606 pessoas vacinadas, segundo o último relatório sobre a situação publicado em 18 de março pela OMS.
"Foi utilizada apenas a vacina rVSV-ZEBOV fabricada pelo laboratório americano Merck Sharpe and Dohme (MSD)", declarou à AFP o médico-chefe Bernardin Kasereka do Programa Ampliado de Imunização (EPI) em Butembo, a região afetada pela epidemia.
Esta vacina já foi usada durante a décima epidemia de ebola - de agosto de 2018 a junho de 2020 - nas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri, assim como na 11ª epidemia que surgiu na região do Equador, de julho a novembro de 2020, acrescentou este especialista em vacinologia.
Com mais de 2.200 mortes registradas, o décimo surto é considerado o mais grave da história do ebola na RDC desde seu surgimento em 1976.
O vírus do ebola é transmitido aos humanos através de animais infectados. A transmissão em humanos ocorre pelos fluidos corporais e os principais sintomas são febre, vômitos, sangramentos e diarreia.