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Estado de Minas WASHINGTON

EUA envia altos funcionários a México e Guatemala para analisar onda migratória


22/03/2021 20:57

Altos funcionários dos Estados Unidos vão analisar esta semana no México e na Guatemala a crescente onda de migrantes em situação irregular que estão chegando à fronteira sul americana, a maioria proveniente da América Centrla, disse nesta segunda-feira (22) o governo de Joe Biden.

Roberta Jacobson, coordenadora da Casa Branca para a fronteira sul, e Juan González, encarregado de assuntos latino-americanos no Conselho de Segurança Nacional (NSC), vão viajar ao México ainda nesta segunda, informou a porta-voz do NSC, Emily Horne.

O objetivo, disse, é "colaborar com funcionários do governo mexicano no desenvolvimento de um plano de ação eficaz e humano para gerenciar a migração".

González irá em seguida para a Guatemala para se reunir com funcionários do governo, representantes da sociedade civil e ONGs "para abordar as causas fundamentais da migração na região", acrescentou.

Nas duas visitas, que ocorrerão entre 22 e 25 de março, estará Ricardo Zúñiga, nomeado nesta segunda enviado especial do Departamento de Estado para o Triângulo Norte, integrado por El Salvador, Guatemala e Honduras.

- Enviado para o Triângulo Norte -

Diplomata de carreira, Zúñiga dirigirá os esforços latino-americanos para frear o fluxo de ilegais, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

Zúñiga, que foi assessor do ex-presidente Barack Obama na política de aproximação com Cuba, coordenará com o secretário de Estado, Antony Blinken, a Casa Branca e o Congresso em prol de implementar a política anunciada por Biden de destinar 4 bilhões de dólares em vários anos para erradicar as causas da migração na América Central.

"O enviado especial se relacionará com os governos regionais, inclusive, entre outros, México, El Salvador, Guatemala e Honduras, em uma variedade de temas para tentar melhorar as condições na América Central", disse Price.

"Igualmente, requererá que nossos parceiros respondam pelos compromissos que assumiram de abordar as causas fundamentais da migração e o aumento na chegada de menores desacompanhados na fronteira sul dos Estados Unidos", afirmou.

"Também colaborará com atores interessados na sociedade civil e no setor privado como parte dos nossos esforços para contribuir para forjar um futuro mais próspero nestes países", acrescentou.

- "Esforços conjuntos" -

No México, o governo de Andrés Manuel López Obrador disse que receberá na terça-feira a delegação americana e que também vão participar do encontro representantes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da ONU.

"O principal tema a tratar será a cooperação para o desenvolvimento na América Central e o sul do México, além dos esforços conjuntos por uma migração segura, ordenada e regular", tuitou Roberto Velasco, diretor-geral para a América do Norte da chancelaria mexicana.

O México anunciou nesta sexta-feira que reforçou a patrulha em sua fronteira com a Guatemala, vigiada desde 2019 pela Guarda Nacional para conter as caravanas de migrantes rumo aos Estados Unidos que começaram a surgir por volta do fim de 2018, após identificar desde janeiro 4.180 menores centro-americanos viajavando de forma irregular pelo território mexicano.

Na Guatemala, o governo de Alejandro Giammattei anunciou uma reunião bilateral na quinta-feira com delegados dos Estados Unidos.

A chancelaria informou que assistirão ao encontro o ministro das Relações Exteriores, Pedro Brolo, assim como seus pares da Economia, Finanças Públicas, Educação, Governo e Defesa.

- "A fronteira não está aberta" -

Cerca de 100.000 pessoas foram detidas em fevereiro na fronteira sul dos Estados Unidos, inclusive quase 9.500 menores desacompanhados, um aumento de 28% com relação a janeiro. E o governo Biden espera este ano uma chegada recorde de migrantes em 20 anos.

Consultada se os Estados Unidos pedirão a México e Guatemala que ajudem a deter "a maré de migrantes" para o norte, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, respondeu: "Absolutamente".

Psaki insistiu, em declarações a jornalistas, que "a fronteira não está aberta", uma mensagem que o governo Biden enfatizou desde o primeiro dia em uma ampla campanha nas redes sociais e rádios em espanhol, português e seis idiomas indígenas.

"A grande maioria das pessoas que chega à fronteira - os adultos, as famílias, as pessoas solteiras - é rejeitada", disse Psaki.

"Com as crianças, nossa abordagem é acelerar o processo e nos assegurar de que possam chegar aos refúgios o mais rápido possível", acrescentou.

A deterioração das condições de vida na América Central, castigada pela pandemia de covid-19 e dois furacões devastadores em novembro, aumentou a afluência de migrantes antes mesmo da chegada de Biden ao poder, em 20 de janeiro.

Mas a promessa de Biden de desmantelar a política anti-imigração draconiana de seu antecessor, Donald Trump, também impulsionou muitos imigrantes, esperançosos de uma flexibilização das condições.


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