"O ministério búlgaro das Relações Exteriores declarou 'persona non grata' dois diplomatas da embaixada da Rússia em Sófia e deu prazo de 72 horas para que abandonem o país, por causa de atividades incompatíveis com o status diplomático", afirma um comunicado.
Na sexta-feira, a Bulgária anunciou a detenção de seis pessoas suspeitas de espionar para a Rússia por meio de uma rede que seria dirigida por um ex-membro dos serviços de inteligência, explicou uma porta-voz da procuradoria búlgara.
Sua esposa, de nacionalidade russo-búlgara, "desempenhava depois o papel de intermediária" com a Rússia, segundo a mesma fonte.
No âmbito das "investigações preliminares, estabeleceu-se que os cidadãos da Federação da Rússia efetuaram uma atividade de Inteligência não regulamentada", informou o gabinete dos procuradores, que notificou o ministério.
A embaixada da Rússia condenou a expulsão de imediato.
"Esta nova ação sem fundamento das autoridadaes búlgaras não contribuirá para o desenvolvimento de um diálogo construtivo entre Rússia e Bulgária", informou em sua página no Facebook.
"A Rússia se reserva o direito a (adotar) medidas de represália", advertiu.
A Rússia já tinha lamentado na semana passada as "tentativas" de atentar contra o diálogo russo-búlgaro e "demonizar" a Rússia.
A Bulgária tem por tradição estreitos vínculos econômicos com a Rússia, mas desde outubro de 2019, vários casos de espionagem provocaram tensões.
Cinco diplomatas russos e um assistente técnico da embaixada foram expulsos no período.
O secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, falou por telefone com o premier, Boïko Borissov.
SÓFIA