O maior asteroide a se aproximar da Terra em 2021 passará "perto" de nós neste domingo (21/03), porém a cerca de dois milhões de quilômetros de distância, sem qualquer risco de colisão. Mas o evento permitirá que os astrônomos estudem o objeto celestial.
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Atentado faz um morto e três feridos no sudeste do IrãUE realizará sua próxima cúpula remotamente por aumento de casos da covidMovimento pró-democracia desafia Junta birmanesa com protestos noturnosO corpo rochoso, que não está em sua primeira visita, deve passar pelo ponto mais próximo do nosso planeta neste domingo às 16h02 GMT (13h02, horário de Brasília). Estará então a 2.016.158 km da Terra, ou cerca de cinco vezes a distância Terra-Lua.
"Não há risco de colisão com o nosso planeta", assegura a agência espacial norte-americana. Sua trajetória é, de fato, "suficientemente conhecida e regular" para descartar qualquer perigo, garantem os especialistas do Observatório Paris-PSL.
O grande corpo rochoso é, no entanto, classificado como "potencialmente perigoso", como todos os asteroides cuja órbita é inferior a 19,5 vezes a distância Terra-Lua e cujo diâmetro é superior a 140 metros.
Esta categoria é "incansavelmente perseguida por astrônomos de todo o mundo para fazer o inventário mais exaustivo possível", ressalta o Observatório, recordando que o primeiro - e maior - asteroide, Ceres, foi descoberto em 1801.
O asteroide "2001 FO32" foi observado pela primeira vez em 2001 e tem sido objeto de estreita vigilância desde então. Ele pertence à família "Apollo" de asteroides próximos da Terra, que circundam o Sol em pelo menos um ano e podem cruzar a órbita terrestre.
"Atualmente, pouco se sabe sobre este objeto, então esta passagem próxima nos dá uma oportunidade incrível de aprender muito", disse Lance Benner, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, do qual depende o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS).
De acordo com o CNEOS, "astrônomos amadores no hemisfério sul e em baixas latitudes no norte devem ser capazes de vê-lo".
"Teremos que esperar até escurecer e nos armar com um bom telescópio de pelo menos 20 centímetros de diâmetro", precisou à AFP Florent Delefie, do Observatório de Paris.
"Devemos ver um ponto branco se movendo como um satélite", acrescentou o astrônomo.
A trajetória nada tem a ver com a das estrelas cadentes, que são asteroides pequenos que formam uma linha luminosa que divide o céu em uma fração de segundo.
Nenhum dos grandes asteroides listados tem chance de colidir com a Terra no próximo século.