Jornal Estado de Minas

NOVA YORK

Wall Street fecha semana sem tendências definidas

A bolsa de Nova York encerrou sem tendências definidas nesta sexta-feira (19) uma semana volátil marcada pelo aumento das taxas de juros dos bônus do Tesouro dos Estados Unidos.



O índice Dow Jones perdeu 0,71% a 32.627,97 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 0,76% a 13.215,24 unidades, e o S&P 500 perdeu 0,06% a 3.910,10.

O rendimento dos bônus do Tesouro a dez anos se manteve perto do seu máximo em 14 meses, acima de 1,72%.

Logo antes da abertura em Wall Street, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou aos bancos que suspenderá uma medida temporária que flexibilizava o volume de capital de reserva requerido, adotada durante a pandemia para fomentar o crédito.

Esta disposição permitia aos bancos excluírem do cálculo de suas reservas compulsivas os bônus do Tesouro e os encaixes no Fed, e chegará a termo "como estava previsto, em 31 de março", anunciou o BC americano em um comunicado.

Isso pesou nos títulos bancários, com o Bank of America, o Morgan Stanley e o Citigroup perderam cerca de 1% no fechamento.



Mas a praça nova-iorquina recuperou-se em parte "quando os rendimentos dos títulos se estabilizaram e as ações do setor tecnológico tiveram uma recuperação", destacaram os analistas da Wells Fargo.

Na semana, Wall Street fechou no vermelho. O índice Dow Jones perdeu 0,46%, o Nasdaq 0,79% e o S&P 500, mais representativo de todo o mercado, perdeu 0,77%.

As taxas de juros dos bônus do Tesouro americanos subiram esta semana apesar de o Fed ter mantido sua política de taxas ultrabaixas. Mas o organismo aumento sua previsão de crescimento dos Estados Unidos para 6,5% este ano e a da inflação para 2,4%. O mercado se preocupa para saber se o aumento de preços será temporário, como afirma o banco central, ou não.

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